Tijolo poderia ter matado minha filha, diz moradora de casa depredada em Porto Alegre
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Tijolo poderia ter matado minha filha, diz moradora de casa depredada em Porto Alegre

Torcedores do Inter confundiram local de onde teria partido drone que sobrevoou Beira-Rio

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Casa em Porto Alegre foi depredada após sobrevoo de drone no Beira-Rio

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*Com informações do repórter Eduardo Paganella

Uma simples flauta quase terminou em tragédia no final da tarde desse domingo em Porto Alegre. Após o sobrevoo de um drone no Beira-Rio, simbolizando o fantasma da Série B, durante a partida entre Inter e Cruzeiro, uma casa nas proximidades do estádio, foi alvo de depredação. A moradora da casa relatou à Rádio Guaíba nesta segunda-feira que torcedores colorados invadiram o local e quebraram o carro da família. Um deles arremessou um tijolo na direção da dona da residência, que estava com a filha de 10 meses no colo. 

"Eu saí com a minha filhinha no terceiro piso da casa e durante a confusão eu avisei que tinha uma criança na casa e disse que éramos colorados, que a nossa família era toda colorada. Um dos caras simplesmente arremessou um tijolo na minha direção e da minha filha. Se eu não tivesse desviado, poderia ter matado a criança", disse a moradora. 

A dona da casa relatou que estava em casa com o marido e com a filha. Como o casal estava gripado, ela fez um chá para ambos. O homem, que dormia, foi ao banheiro e observou um grupo de torcedores chutando a grade da residência. "Não entendemos nada. O meu marido até pensou que os cachorros teriam provocado essas pessoas, mas os animais estavam presos. Daí meu esposo perguntou o que estava acontecendo e os caras disseram que ele era o dono do drone e que o aparelho teria partido da nossa casa", explicou.  

A mulher contou que o casal só havia escutado o fim do segundo tempo do jogo e que o marido estava feliz pela vitória do Inter sobre o Cruzeiro. "Os caras continuaram chutando e conseguiram fazer um buraco na grade e depois saíram. Meu marido então correu para o portão, colocou um cadeado e retornou para dentro de casa. Um minuto depois, o grupo estava novamente na frente de casa, só que com pelo menos 10 homens", disse. "A partir daí, eles arrebentaram o portão, entraram no pátio e quebraram o nosso carro. Eu vi um cara com uma barra de ferro. E eu, com a minha pequenininha, dizendo para o meu marido não sair, porque eles iriam matá-lo", acrescentou. 

Desespero e nova provocação

Desesperada, a dona da residência afirmou que deu ao marido uma faca para ele se defender, caso os vândalos entrassem na casa. "Para ter noção do que foi a situação, eu entreguei ao meu esposo uma faca de cozinha e disse: 'Faz o que tiver de fazer e fica aqui dentro. Se os caras entrarem, tu te defende'. Subi para o terceiro piso e mostrei a eles que tinha uma criança em casa e comecei a gritar que a gente era colorado. O meu marido estava usando uma bermuda do Inter, mas os caras estavam alucinados. Foi horrível", observou. 

O ato de depredação só não terminou em algo mais grave por conta da intervenção de vizinhos, segundo a moradora. "Ligamos várias vezes para a Brigada Militar (BM), que só apareceu 40 minutos depois. Poderia ter ocorrido uma tragédia muito maior. Ainda depois disso, vimos nas redes sociais que a casa do dono do drone tinha um portão parecido com o nosso e fica a duas ou três quadras da nossa. Foi uma baita confusão deles e ainda depois vimos que o responsável pelo aparelho tirou onda: 'Colorados idiotas, erraram a casa. O drone está muito bem, tomando cerveja'. Não tem explicação para tudo isso", completou. 

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