Justiça determina bloqueio de bens para pagamento de salários no Figueirense

Justiça determina bloqueio de bens para pagamento de salários no Figueirense

Ação atinge tanto o clube quanto a Elephant Participações Societárias, empresa responsável por gerenciar o departamento de futebol

AE

Jogadores não receberam os salários de julho, estabelecidos na carteira de trabalho, e que, normalmente, são baixos, além dos direitos e imagens de três meses: maio, junho e julho

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A Justiça do Trabalho de Santa Catarina determinou nesta sexta-feira o bloqueio de bens ligados ao Figueirense como garantia do pagamento de R$ 9,6 milhões em dívidas trabalhistas acumuladas pelo clube. A liminar foi concedida por Danielle Betrachini, juíza da 7.ª Vara do Trabalho de Florianópolis (SC), após pedido do Ministério Público.
A medida, publicada no fim da tarde desta sexta, determina "a imediata indisponibilidade de bens imóveis, automotores, embarcações e aeronaves". A ação atinge tanto o clube quanto a Elephant Participações Societárias, empresa responsável por gerenciar o departamento de futebol do clube catarinense.

Além das pessoas jurídicas, o bloqueio se estende também a pessoas físicas. Estão na lista Claudio Honigman, atual presidente do Figueirense, e Luiz Fernando Philippi, presidente do Conselho Administrativo, além dos sócios Wilfredo Brillinger, Airton Manoel João e Claudio Cesar Vernalha, administrador da Elephant.

Em levantamento que fundamentou o pedido de bloqueio, o Ministério Público identificou a existência de 178 ações judiciais movidas contra o clube. Antes da efetivação de alguma ação contra as contas dos dirigentes, o bloqueio deve alcançar primeiro o patrimônio das pessoas jurídicas citadas pela Justiça.

Atletas e funcionários têm sofrido com a crise financeira do Figueirense há muito tempo. Na última terça-feira, os jogadores se recusaram a ir a campo contra o Cuiabá, pela Série B, e o time foi derrotado por W.O.

Antes disso, o elenco já havia feito greves e se recusado a treinar. Na última quinta-feira, as atividades foram retomadas pelos jogadores, com a promessa de em breve terem seus débitos quitados. Os jogadores não receberam os salários de julho, estabelecidos na carteira de trabalho, e que, normalmente, são baixos, além dos direitos e imagens de três meses: maio, junho e julho.

Ameaça

A diretoria do Figueirense registrou boletim de ocorrência em que diz ter recebido ameaça de por parte de torcedores que participavam de um protesto nos arredores do estádio Orlando Scarpelli, nesta sexta-feira. O ato reuniu cerca de 100 pessoas e foi acompanhado de perto por policiais militares.

Durante a semana, a sede administrativa do clube também foi invadida, por indivíduos ainda não identificados, que deixaram o local antes da chegada da polícia. Câmeras do circuito interno gravaram a ação dos invasores e foram disponibilizadas na tentativa de identificação. A assessoria de imprensa do clube informou que os dois casos foram encaminhados às autoridades para que sejam tomadas as devidas providências.

Nesta sexta, após oito dias de greve, os jogadores do Figueirense retomaram os treinos e garantiram presença em campo na partida de sábado contra o CRB, no Orlando Scarpelli, pela Série B. Também em nota, os jogadores afirmaram que, apesar de nem todas as exigências terem sido cumpridas, retomaram os trabalhos em respeito à agremiação e aos torcedores.


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