Justiça espanhola abre investigação sobre insultos racistas contra Vinícius Júnior

Justiça espanhola abre investigação sobre insultos racistas contra Vinícius Júnior

Processo se concentrará "nos cânticos de conotação racista ouvidos dentro e fora" do Estádio Metropolitano de Madri,

AFP

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A Justiça espanhola abriu uma investigação sobre os insultos racistas de torcedores do Atlético de Madrid contra o atacante brasileiro Vinícius Júnior, do Real Madrid, durante o clássico de domingo, anunciou o Ministério Público Provincial de Madri, nesta sexta-feira. Iniciada como resultado da ação movida pela associação Movimento contra a Intolerância, a investigação se concentrará "nos cânticos de conotação racista ouvidos dentro e fora" do Estádio Metropolitano de Madri, conforme anunciado pelo MP em um comunicado.

No processo, o MP demanda que a polícia "analise as gravações de vídeo" feitas durante o jogo para que "identifique as pessoas que proferiram insultos racistas e, se for o caso, informe se essas pessoas têm algum tipo de relação com grupos violentos, ou com movimentos de ideologia extremista". Segundo o Ministério Público, a investigação também deverá determinar "se mais episódios de conotação racista se repetiram dentro do estádio" contra o jogador. Para isso, solicita aos serviços de segurança do clube todas as informações disponíveis, assim como a súmula da partida.

Durante o clássico entre Real Madrid e Atlético, alguns torcedores deste último gritaram insultos racistas contra Vinícius antes e durante a partida. Além disso, vários objetos, como isqueiros, foram arremessados na direção do atacante e do também brasileiro Rodrygo. Mais tarde, a LaLiga anunciou que reportaria o ocorrido à comissão disciplinar da Federação Espanhola de Futebol. Os dirigentes do Atlético de Madrid optaram pelo silêncio, até que o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, pediu, na terça-feira (20), reações contra o racismo.

"Espero uma mensagem forte dos clubes contra este tipo de comportamento. Isso é o que peço à minha equipe", disse Sánchez, depois de se definir como "um grande torcedor do Atlético de Madrid". Horas depois, o clube condenou os "cânticos inadmissíveis" proferidos por uma "minoria de torcedores".

"Não vamos permitir que nenhum indivíduo se esconda atrás das nossas cores para proferir insultos de caráter racista, ou xenófobo", acrescentou o clube, em um comunicado.

A polêmica em torno das celebrações de Vinícius sofreu uma escalada na semana passada, depois das críticas do presidente da Associação Espanhola de Agentes de Jogadores de Futebol (AEAF), Pedro Bravo, no programa de televisão El Chiringuito, quando afirmou: "tem que respeitar seus colegas de profissão e parar de bancar o macaco".


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