Marilson lidera brasileiros que tentam desbancar Quênia na São Silvestre

Marilson lidera brasileiros que tentam desbancar Quênia na São Silvestre

James Kwambai faturou as duas últimas edições da prova, que contará com cerca de 21 mil participantes

Agência Brasil

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Cerca de 21 mil pessoas vão participar nesta sexta-feira da tradicional Corrida de São Silvestre, que ocorre há 86 anos em São Paulo. Segundo os organizadores, participarão da prova representantes de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal, além de corredores internacionais, representados principalmente pelos favoritos quenianos, entre eles, James Kwambai, atual bicampeão da prova.

Entre os destaques do Brasil na prova masculina estão o bicampeão Marílson Gomes dos Santos - também vencedor da Maratona de Nova Iorque -, Damião Ancelmo de Souza, que ganhou 11 das 17 provas de rua que disputou nesta temporada, e o mineiro Franck Caldeira, último campeão brasileiro da São Silvestre, em 2006.

Pelo lado das mulheres, que representam cerca de 18% do total de inscritos para a prova, as favoritas ao título são Marily dos Santos, que conquistou a terceira posição no ano passado e Maria Zeferina Baldaia, vencedora em 2001.

Os pelotões de elite masculino e feminino terão 142 atletas, 114 deles brasileiros. Os estrangeiros são provenientes de Quênia, Tanzânia, Etiópia, Marrocos, Colômbia, Uruguai, Chile e Equador.

Para o corredor Damião Ancelmo de Souza, o que falta para os atletas brasileiros, principalmente para os que estão começando na carreira, é investimento. “Eu investi muito na minha carreira, tirando da garganta e do pescoço para poder estar nesse nível. Hoje tenho patrocínio, mas, no início, foi muito difícil”, disse ele, comemorando o fato de as empresas atualmente estarem mais conscientes da importância de patrocinar atletas corredores.

No começo de suas carreiras, Damião e Marílson Gomes dos Santos contaram com o apoio das prefeituras das cidades onde moravam. No caso de Damião, algumas vezes, esse apoio se resumia a “uma ajuda de custo”, segundo ele próprio relata. “Não tinha patrocínio, mas tinha uma ajuda de custo, como alimentação e passagem”.

“Hoje sou privilegiado, estou num bom clube, tenho bons patrocinadores. Mas, até chegar a esse ponto, foi um longo caminho. É o que a maioria dos atletas enfrenta hoje no nosso país. Posso participar das provas que quero, mas nem sempre acontece isso com os outros atletas”, destacou Marílson. Para ele, essa situação poderia ser corrigida com investimentos públicos e privados.

“Estamos chegando perto de uma Olimpíada, o país já sediou um Panamericano também. [O que precisa] são investimentos para que os atletas possam aparecer e participar desses eventos grandiosos, não só no Brasil como lá fora também”, concluiu Marílson, que começou a correr com 12 anos de idade.

A São Silvestre tem 15 quilômetros de percurso e terá início às 14h45, em frente ao prédio do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, com a largada dos cadeirantes. Cinco minutos depois, é dada a largada para atletas com deficiência e, às 16h30min, tem início a prova para a elite feminina. Às 16h47min, a prova começa para a elite masculina e demais categorias.

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