Mercado de transferências na China fecha e dá "trégua" a futebol brasileiro

Mercado de transferências na China fecha e dá "trégua" a futebol brasileiro

Estimativa é que só a primeira divisão da China tenha gasto 250 milhões de libras

AE

Jadson foi um dos jogadores que trocou o Corinthians pela possibilidade de ganhar salários astronômicos na China

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Ricardo Oliveira ficou, mas foi exceção à regra no futebol brasileiro. O mercado de transferências na China, fechado às 14h (de Brasília) desta sexta-feira, tirou do Brasil alguns dos melhores jogadores do País, sendo quatro apenas do atual campeão nacional. Ralf, Gil, Renato Augusto e Jadson trocaram o Corinthians pela possibilidade de ganhar salários astronômicos na China.

Uma estimativa do site britânico Transferkartk, especializado em negociações de jogadores, aponta que só a primeira divisão da China gastou 250 milhões de libras (cerca de R$ 1,37 bilhões na cotação do dia) comprando atletas para a temporada que começou nesta semana, com o pontapé inicial da Liga dos Campeões da Ásia.

Boa parte desse valor foi arrecadado por clubes brasileiros. Daqui para a China saíram os corintianos Gil, Renato Augusto, Jadson e Ralf, o são-paulino Luis Fabiano, o santista Geuvânio e também o atacante Biro Biro, que se destacou pela Ponte Preta mas pertencia ao Fluminense. Eles se juntam a uma legião que já contava com Ricardo Goulart, Diego Tardelli e Aloísio.

Outros tantos foram especulados na China, como Paulo Henrique Ganso, Anderson, Lucas Lima, Lucas Pratto e Elias. No último dia de negociações, Ricardo Oliveira se ofereceu para pagar ao Santos para rescindir seu contrato e se transferir ao Beijing Guoan, mas a diretoria não abriu mão de receber a totalidade da multa rescisória.

Também no exterior os clubes chineses caçaram brasileiros. Fecharam com Jô, que estava nos Emirados Árabes Unidos, Ramires, comprado junto ao Chelsea, e com Alex Teixeira, destaque do Shakhtar Donetsk que tinha enorme mercado na Europa.

Mas os chineses não miravam só jogadores brasileiros. Ao longo do último mês, os clubes da China atacaram também gigantes do futebol europeu, para fechar com sul-americanos, turcos e africanos. Acertaram, entre outros, com o marfinense Gervinho, os colombianos Freddy Guarin e Jackson Martínez e o camaronês M'Bia.

Mas a grande contratação foi o argentino Ezequiel Lavezzi. O negociação entre o Hebei China Fortune e o PSG não envolveu valores tão altos (cerca de 5 milhões de euros, porque ele estava em fim de contrato), mas especula-se que o atacante vá receber 15 milhões de euros por ano.

Na China, Lavezzi vai proporcionar ao técnico da seleção argentina, Tata Martino, o mesmo problema que já tem Dunga. O treinador do Brasil vai precisar acompanhar o Campeonato Chinês, que atualmente não tem previsão de transmissão por nenhum canal a cabo no Brasil, se quiser manter alguns "convocáveis" sobre a mira.

A rota contrária, com jogadores trocando a China pelo Brasil, também foi utilizada durante a janela, mas em menor grau. Chegaram da Ásia os atacantes Hyuri e Robinho (Atlético-MG), Rafael Marques (comprado pelo Palmeiras) e Kieza (comprado pelo São Paulo), além do volante Junior Urso (Atlético-MG).

Agora os clubes chineses estão proibidos de contratar atletas de outros países. A janela só volta a abrir no dia 21 de junho, ficando aberta até 15 de julho. Como há um limite de quatro estrangeiros por equipe no Campeonato Chinês e os clubes mais ricos já atingiram esse teto, as transferências na próxima janela tendem a ser em ritmo menor.

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