Minas Tênis Clube vence Osasco e garante final mineira na Copa Brasil

Confirmando a boa fase da equipe, o Minas Tênis Clube bateu o Osasco, atual campeão da Copa Brasil, na segunda semifinal da edição deste ano da competição, disputada em Gramado, na Serra gaúcha. A vitória por 3 sets a 1  (25-21, 17-25, 25-22 e 25-16) garantiu uma final mineira, uma vez que o Praia Clube, de Uberlância, também se classificou para a partida da medalha de ouro. A partida do time de Belo Horizonte foi marcada por altos e baixos e pelas boas atuações de Natália e Carol Gattaz, imbatível na china.

Pelo Osasco, destaque tanto para Hooker, a bola de confiança tanto da levantadora Carol Albuquerque, que começou como titular, quanto para Claudinha, que entrou em diversos momentos, e para Camila Brait, que comandou o fundo de quadra paulista e "varreu" o piso do ginásio com lindas defesas. Coletivamente, prevaleceu a organização tática do atual vice-líder da Superliga, que chega à terceira final na temporada, após o título do Campeonato Mineiro e a medalha de prata no Mundial de Clubes.

O jogo

Osasco começou arrasador no bloqueio e com a oposto Destinee Hooker inspirada. O técnico do Minas, o italiano Lavarini, parou a partida quando o placar apontava 6-3 para as paulista. A pausa mexeu com o time, que voltou leve Com volume de jogo, saque forte e boa atuação de Bruna e Macris, as mineiras mantiveram atrás do marcador até os 17º ponto, quando viraram a parcial. Luizomar mexeu no time, promovendo inversão com Claudinha e Lorenne. A mudança não teve o efeito esperado e as adversárias abriram vantagem de 23-20. Após um erro de levantamento de Walewska, Hooker atacou por fora da antena, dando a vitória para a equipe de Belo Horizonte por 25-21.

As paulistas entraram sem dar chances para as oponentes no segundo set. Com um sistema efetivo de saque, passe e ataque e contando com erros na parte defensiva das adversárias, as osasquenses impuseram vantagem de 13-5. Após um bloqueio de Carol Gattaz em Leyva, Luizomar pediu tempo, temendo uma aproximação do Minas. As minas-tenistas ensairam uma reação, mas administrando a parcial, o Osasco não teve dificuldades em fechar em 25-17.

A terceira parcial começou marcada pelo forte ritmo do Minas que, em um bloqueio de Mara, abriu 6-2, obrigando o técnico adversário a pedir tempo. A parada não teve efeito imediato, porque as belo-horizontinas ampliaram a vantagem para 10-3 após um erro de passe. Luizomar apostou então na inversão, e equipe paulista reagiu após duas difíceis defesas de Brait, diminuindo o marcador para 10-6. O Osasco encostou de vez fazendo 12-11 em uma bola de xeque de Mari Paraíba. Contudo, ancorado no saque forçado e nas chinas de Gattaz, o Minas voltou a abrir, alcançando 22-17.

O árbitro chegou a decretar o fim da parcial em 25-20 após marcar uma bola fora de Mari Paraíba, mas o técnico Luizomar pediu o desafio, que apontou desvio no bloqueio. Na sequência, Hooker marcou mais um ponto em uma bola de segunda após uma disputa na rede. Não foi o suficiente para frear as mineiras, que fecharam em 25-22 com um ataque de Natália.

As duas equipes mostraram disposição no quarta set e fizeram um começo de parcial disputado, com destaque para Hooker e Natália. O Minas abriu vantagem de 11-9 por conta de dois erros de combinação de jogada de Carol Albuquerque com Walewska, que resultaram num bloqueio e em um levantamento fantasma. O Osasco, então, sentiu e viu as adversárias dispararem no marcador. As paulistas tentaram reagir lançando mão da experiência da melhor jogadora das Olimpíadas de Pequim 2008, Paula Pequeno, ovacionada quando entrou em quadra. Mas não havia muito a ser feito. Foi um erro de passe da atleta ao tentar recepcionar um saque viagem de Bruna que fechou a partida 25-16 e pôs fim ao sonho do bicampeonato.