MP vai apurar responsabilidades por incêndio no CT do Flamengo
Presidente do clube foi notificado a passar nomes de todos os atletas que estavam alojados no Ninho do Urubu
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A 5ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), instaurou ainda nas sexta-feira um procedimento administrativo para apurar responsabilidades do Flamengo no tratamento aos adolescentes das categorias de base que dormiam em seis contêineres no centro de treinamento do clube, conhecido como Ninho do Urubu, no Rio de Janeiro. Um incêndio na madrugada de ontem provocou a morte de 10 jovens atletas rubro-negros.
Além disso, o MP oficiou o presidente do clube, Rodolfo Landin, para que informe, em um prazo máximo de 48 horas, os nomes dos atletas que estavam alojados no Centro de Treinamento, se as famílias dos atletas estão recebendo assistência material e psicológica e se o clube está viabilizando a ida dos familiares dos atletas que residem fora do estado para o Rio de Janeiro. Na área criminal, a investigação está a cargo da 42ª Delegacia de Polícia (Recreio dos Bandeirantes) e conta com o apoio do Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor.
Ação civil pública
A 5ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude, ajuizou, em 23 de março de 2015, ação civil pública com pedido de tutela antecipada contra o Clube de Regatas do Flamengo, em que solicitou a adoção de medidas para correção de diversas irregularidades constatadas no tratamento dado aos atletas adolescentes residentes no Ninho do Urubu bem como melhorias na respectiva instalação da entidade, sob pena de fechamento do local.
Na ação, o MP pediu que fossem observadas pelo clube todas as peculiaridades inerentes ao serviço de acolhimento de crianças e adolescentes, desde o acompanhamento pedagógico, social, psicológico e médico, passando pela adequação das instalações do alojamento.
