Muhammad Ali é sepultado após grande cortejo em sua cidade natal
Caixão foi conduzido por ex-boxeadores Mike Tyson e Lennox Lewis, além do ator Will Smith
publicidade
Antes do enterro, em um caixão vermelho-cereja envolto em uma tapeçaria islâmica, o corpo do ex-atleta foi carregado em um carro fúnebre acompanhado por amigos e celebridades, entre elas os ex-boxeadores Mike Tyson e Lennox Lewis e o ator Will Smith. Os nove filhos de Ali, sua esposa, duas ex-esposas e outros parentes se juntaram ao cortejo fúnebre.
A comitiva de 17 limusines que acompanhou o carro fúnebre percorreu as ruas de Louisville, em um percurso de 35 quilômetros, que incluiu a avenida batizada de Muhammad Ali , um dos inúmeros locais da cidade que têm o nome do pugilista. A comitiva também passou em frente a dois prédios que fazem parte da infância de Muhammad Ali: a casa em que morou e a escola onde estudou.
À medida que a longa fila de limusines pretas ia passando, admiradores gritavam “Ali, Ali”, tentavam tocar nos carros, levantavam celulares e jogavam flores sobre o capô do veículo fúnebre. Um pouco mais afastados, caminhoneiros buzinavam em sinal de saudação a Ali. Segundo a prefeitura de Louisville, mais de 100 mil pessoas participaram nas ruas das homenagens a Muhammad Ali. Muitas vieram de outras cidades dos Estados Unidos e também do exterior.
Depois do enterro, o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton e celebridades como os atores Billy Crystal e Will Smith e o ex-boxeador Mike Tyson participaram de uma cerimônia ecumênica em uma arena de esportes da cidade, com capacidade para 20 mil pessoas, totalmente lotada. A cerimônia começou com orações muçulmanas.
Retorno antecipado
O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, que veio especialmente aos Estados Unidos para participar dos dias de funeral de Muhammad Ali, voltou para seu país antes do tempo previsto. Segundo o jornal World Tribune, uma das versões para a partida antecipada de Erdogan era que ele queria colocar no caixão um pedaço de tecido retirado de uma mesquita de Meca, cidade sagrada dos muçulmanos. O desejo de Erdogan, porém, não teria sido atendido pelo cerimonial. Outra versão é que Erdogan queria recitar versos do Corão durante a solenidade ecumênica, mas a solicitação não teria sido aceita.