Murray acaba com jejum de 79 anos e garante 10º título da Grã-Bretanha na Davis

Murray acaba com jejum de 79 anos e garante 10º título da Grã-Bretanha na Davis

Escocês derrotou o belga David Goffin neste domingo, em Gante

AFP

Murray acaba com jejum de 79 anos e garante 10º título da Grã-Bretanha na Davis

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O escocês Andy Murray acabou com um incômodo jejum de 79 anos ao anotar o ponto decisivo que garantiu o décimo título da Grã-Bretanha na Copa Davis, derrotando o belga David Goffin neste domingo, em Gante. O número dois do mundo venceu Goffin (16º) por 6-3, 7-5 e 6-3, decretando a vitória de virada por 3 a 1 dos britânicos, que, mesmo fora de casa, contaram com o apoio de 4.000 torcedores fanáticos, entre os 13.000 que lotaram o ginásio Flanders Expo.

Em 2013, o escocês também tinha acabado com outra longa seca do tênis britânico, ao se tornar o primeiro a levantar o troféu de Wimbledon em 77 anos, desde Fred Perry, em 1936. Foi justamente neste mesmo ano de 1936 que o próprio Perry levou a Grã-Bretanha ao nono título na Copa Davis.

"Nunca pensei que pudesse ter a oportunidade de fazer isso, e ainda não acredito que consegui. Todo mundo jogou em altíssimo nível e, sinceramente, acho que joguei meu melhor tênis", vibrou o escocês depois da vitória. "Temos que curtir o momento, porque pode ser que nunca tenhamos uma oportunidade como essa novamente", resumiu.

Aos 28 anos, Murray se tornou o terceiro tenista da história a vencer todos os jogos que disputou numa temporada da Davis, depois do americano John McEnroe (1982) e do sueco Mats Wilander (1983). No total, foram 11 triunfos, para eliminar Estados Unidos, França, Austrália, e, finalmente, a Bélgica.

Na decisão, ele também venceu seu primeiro duelo de simples, contra Ruben Bemelmans, antes de contar com a ajuda valiosa de seu irmão mais velho, Jamie, de 29 anos, futuro parceiro do brasileiro Bruno Soares, para ganhar o jogo de duplas, que acabou sendo determinante para decidir o confronto.

Goffin tinha deixado a Bélgica na frente ao derrotar o estreante Kyle Edmund (100º) de virada na primeira partida, mas não foi páreo para o escocês, que se mostrou muito à vontade no saibro, que está longe de ser seu piso favorito.

"Foi um jogo bastante apertado, com games muito disputados e longas trocas de bola. Foram três sets, mas a partida durou três horas, o placar não reflete o que foi o jogo", lamentou o belga. "Dei meu melhor, mas Andy é um enorme campeão, ele era forte demais e foi simplesmente monstruoso no fundo da quadra", admitiu Goffin. 

"Perdemos para um adversário mais forte. Murray ganhou esta Copa Davis sozinho", resumiu o capitão belga, Johan Van Herck. Depois do 'match point', vencido com um lob espetacular, Murray, que não costuma extravasar muito suas emoções, se atirou em quadra, chorando copiosamente, mostrando que esta foi com certeza uma das maiores vitórias da sua carreira. A 'saladeira de prata' ocupará um lugar especial na prateleira do escocês, junto com o título de Wimbledon e a medalha de ouro conquistada em casa nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, ano em que também levou o US Open.

O confronto foi disputado em clima de festa, apesar do forte esquema de segurança devido ao nível de alerta altíssimo pelo temor de ataques terroristas, depois dos atentados de Paris. "Vou me lembrar disso por toda minha vida. O ambiente foi incrível. Os torcedores britânicos e belgas mostraram que o esporte pode superar o medo", resumiu o herói do dia.

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