Nadal faz bom 1º treino no Rio, mas condição de tenista ainda é uma incógnita
Atual número 5 do mundo se recupera de uma lesão no punho esquerdo
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Escolhido para ser porta-bandeira da delegação da Espanha na cerimônia de abertura, Nadal está escalado para competir nas chaves de simples e duplas. Ele esteve ausente das competições desde o fim de maio, quando abandonou a disputa de Roland Garros após passar pela segunda rodada. O sorteio das chaves da Olimpíada será na próxima quinta, e, até lá, a expectativa continua.
Nesta segunda, o espanhol mostrou desenvoltura nas trocas de bola e só deu indício de estar contundido quando recebeu atendimento no punho durante um dos intervalos do treinamento. A atividade estava prevista para ter início às 10h30, mas o astro e Ferrer entraram na quadra 30 minutos mais cedo. O tio e treinador Toni Nadal e Conchita Martínez, capitã da Espanha na Davis, acompanharam os tenistas de perto todo o tempo.
Nadal deixou a atividade, que durou cerca de duas horas debaixo de sol forte, sem falar com a imprensa e com uma bolsa de gelo no local machucado. David Ferrer poupou palavras para descrever as condições físicas do compatriota. "Está muito bem, em perfeitas condições", confirmou. E não quis entrar em detalhes: "Precisa perguntar a ele".
NA VILA
No Rio, Nadal está hospedado na Vila dos Atletas. A opção de ficar no alojamento é antiga e traz boas lembranças. Campeão na grama de Wimbledon e no saibro de Roland Garros em 2008, o espanhol foi uma das grandes estrelas dos Jogos de Pequim naquele ano e, diferentemente de outros astros, optou por ficar na Vila junto aos demais atletas.
O clima festivo não impediu o espanhol de conquistar o ouro. Nadal perdeu apenas três sets nas seis partidas que disputou, despachou o sérvio Novak Djokovic, atual líder do ranking, na semifinal e sagrou-se campeão diante do chileno Fernando González.
Nos Jogos de Londres, uma lesão no joelho esquerdo tirou Nadal da Olimpíada a menos de três semanas do início da competição. O prestígio do tenista já era suficiente há quatro anos para que ele fosse o escolhido para ser o porta-bandeira da delegação espanhola. Paul Gasol, do basquete, foi o seu substituto na cerimônia.
As lesões, de todos os tipos, têm sido uma constante nos últimos anos na carreira do espanhol. O mesmo joelho que o tirou de Londres-2012 obrigou Nadal a ficar de fora das quadras por sete meses naquele ano. Teve uma recuperação espetacular na temporada seguinte, quando conquistou dez títulos - sendo dois Grand Slams -, mas voltou a encarar problemas físicos a partir de 2014. Desde então, ele já ficou afastado das quadras por problemas nas costas, no punho e até mesmo para uma operação de apendicite. Resta saber se o espanhol irá superar mais esse obstáculo.