Capitão da seleção de rúgbi aposta na Olimpíada para dar mais visibilidade ao esporte

Capitão da seleção de rúgbi aposta na Olimpíada para dar mais visibilidade ao esporte

Estreia, marcada para esta terça, será contra a temida seleção de Fiji

AFP

Capitão da seleção de rúgbi aposta na Olimpíada para dar mais visibilidade ao esporte

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Lucas Duque, capitão da seleção masculina de rúgbi do Brasil, disse em entrevista à AFP que seu esporte cresceu muito no país desde a confirmação de que voltaria ao programa olímpico e aposta nos Jogos do Rio para ganhar ainda mais
visibilidade.

A estreia, marcada para esta terça-feira, será contra um 'pedreira', a temida seleção de Fiji, atual bicampeã do World Rugby Sevens Series, maior competição da modalidade.

Qual foi impacto do retorno do rúgbi ao programa olímpico na divulgação do esporte no Brasil?

"Com a inclusão nos Jogos Olímpicos, o rúgbi deu um boom. Os olhos começam a ficar voltados para nós, tanto em termos de mídia, patrocinadores, apoio... Nossa confederação vem se estruturando cada vez melhor. Foi de suma importância para difundir o esporte no nosso país. A partir do momento em que o esporte se torna olímpico, os brasileiros procuram entender regras, saber onde tem time, então está ajudando bastante.

O que mudou concretamente?

A principal diferença é que aparece mais na mídia, na TV, tem mais gente comentando e mais gente investindo. É um esporte que precisa de recursos para ser difundido, ainda mais num país tão grande. A confederação pegou essa onda, conseguiu capitalizar muito patrocínio e acho que o caminho é por aí. Nosso esporte tem que se tornar conhecido. Fizemos projetos em escolas e as pessoas está nos buscando cada vez mais.

Você consegue viver do rúgbi?

Nos últimos três anos, tenho vivido só do rúgbi. Não é como o futebol, que gera milhões, mas o governo vem dando ajuda, através de bolsas, justamente por se tratar de um esporte olímpico agora. Ante, eu tinha que tirar do meu próprio dinheiro para poder jogar, era um esporte extremamente amador. Hoje em dia, a estrutura administrativa da confederação é totalmente profissional. Os atletas ainda são semiprofissionais, a gente não cria carreira nem ganha aposentadoria com o rúgbi, mas os recursos vêm chegando a vai melhorando de pouquinho em pouquinho. Os clubes são totalmente amadores, mas recebemos salários da confederação, do Comitê Olímpico e do Governo Federal. Hoje, consigo pagar minhas contas tranquilamente.

Como é passar do rúgbi com 15 jogadores, que é o mais popular no mundo, para a modalidade olímpica, com sete?

Quando comecei, só tinha o rúgbi de 15, mas eu sempre joguei "seven", então é meio misturado. No Brasil, não temos seleções separadas como em outros países. Todo mundo que joga 15 também joga "seven", porque temos qualidade, mas a quantidade ainda permite que tenhamos duas seleções.

Qual é sua expectativa para essa Olimpíada?

O objetivo é ser o mais competitivo possível. Sendo realista, o nosso ranking é um pouco abaixo das grandes potências, mais vamos chegar lá, dar tudo em campo, conseguir boas jogadas e desempenhar um bom papel.

Como você vê seu papel de capitão?

É um papel de liderança. Tento liderar, falar algumas palavras, mas o mais importante é agir naturalmente. No rúgbi de 7, que é uma modalidade mais reduzida, temos jogadores de muita personalidade então o capitão não chega a ter tanta importância, só tento mesmo ser uma referência.

Como é a sensação de disputar a Olimpíada com seu irmão, Moisés?

É muito legal, rúgbi é família, então participar com meu irmão, não tem coisa melhor. 

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