COB convoca assembleia extraordinária após suspensão do COI
Presidente Carlos Nuzman foi preso pela suspeita de compra de votos para Olimpíadas de 2016
publicidade
A reunião vai ser realizada na próxima quarta-feira, às 14h30min, na sede da entidade no Rio de Janeiro. O COB é presidido interinamente pelo vice-presidente Paulo Wanderley. Em setembro, Nuzman já havia sido interrogado pela PF durante a operação "Unfair Play", que suspeitava que o dirigente havia sido o "ponto central de conexão" de uma trama de corrupção internacional que supostamente comprou votos para dar a vitória ao Rio de Janeiro na disputa pela sede olímpica de 2016.
O COI suspendeu Nuzman de todas as suas funções e direitos de membro honorário, e o excluiu da comissão de coordenação dos Jogos de Tóquio-2020. Em referência ao COB, a comissão executiva do COI justificou a decisão (tomada por recomendação de sua comissão de ética, presidida pelo ex-secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon) pelo fato de que "o COB e seu presidente, Carlos Nuzman, eram responsáveis pela candidatura do Rio de Janeiro em 2009".
Em consequência, o COB não está capacitado para receber subsídios por parte do COI, mas os interesses dos atletas serão preservados. "O COI aceitará a inscrição de uma delegação brasileira nos Jogos de Inverno de PyeongChang-2018 e nas demais competições às quais o COB será convidado", informou o Comitê.
Os promotores afirmam que Nuzman, presidente do COB desde 1995, ampliou seu patrimônio em 457% nos últimos 10 anos sem explicar de modo convincente a origem do dinheiro e também que tentou esconder sua riqueza - geralmente no exterior - das autoridades. Também foi detido o diretor geral de operações do comitê Rio-2016, Leonardo Gryner. Durante a operação, a PF apreendeu documentos.