Confira em quais modalidades de esportes coletivos o Brasil tem vaga garantida na Olimpíada de Paris e em quais já está fora

O Brasil fez sua estreia em Jogos Olímpicos na edição da Antuérpia, em 1920. Desde então, o país participou de todas as edições, exceto em Amsterdã-1928. De lá para cá, o esporte brasileiro tem sido presença frequente nas mais diferentes modalidades. Neste ano, no entanto, em alguns esportes coletivos, já é conhecido que o Brasil estará alijado da disputa, já que a definição sobre a tão sonhada vaga olímpica já acabou e nestes casos, sem sucesso para os brasileiros, que não irão viajar à Paris em julho.

Alguns não chegam a ser exatamente uma surpresa. Em outros casos, contudo, não apenas a vaga era algo muito esperado, como um lugar no pódio também. O principal caso talvez seja o futebol masculino, campeão no Rio-2016 e em Tóquio-2020 e sempre um dos favoritos. No entanto, o time treinado por Ramon Menezes sequer conseguiu a vaga, caindo na fase final do Torneio Pré-Olímpico.

Para além do futebol, saiba o caso de outras modalidades coletivas em que o Brasil não estará representado.

BASQUETE FEMININO

Com a derrota para a Alemanha por 73 a 71 na última rodada do Pré-Olímpico da modalidade, o Brasil deixou escapar a vaga para os Jogos Olímpicos de Paris. Mesmo contando com a vantagem de atuar em casa, a equipe comandada pelo técnico José Neto não conseguiu vencer nenhuma das disputas na competição. Foi derrotada diante da Austrália por 60 a 55, da Sérvia por 72 a 65 e, por último, da Alemanha. Com isso, a seleção feminina de basquete vê aumentar o seu período de ausência em uma edição de Jogos Olímpicos. A última participação foi em 2016, no Rio de Janeiro, já que em Tóquio-2020, também esteve ausente.

FUTEBOL MASCULINO

Derrotada pela Argentina no Pré-Olímpico da Venezuela, a equipe de Ramon Menezes deixou escapar o sonho da inédita terceira medalha de ouro olímpica. A Seleção Brasileira dependia apenas de si para garantir a vaga para Paris, já que uma vitória sacramentava a classificação, mas o empate também deixava a vaga possível. Só que o Brasil perdeu para os argentinos na rodada decisiva e deu adeus às chances de ir a Paris. Esta será a primeira Olimpíada sem o Brasil no futebol masculino desde 2004, em Atenas.

HANDEBOL MASCULINO

A seleção brasileira ficou de fora após derrota para a Espanha por 28 a 26, na última rodada do Pré-Olímpico da modalidade. O Brasil acabou em terceiro lugar no grupo, mas apenas os dois primeiros colocados do torneio garantiram passagem para a França neste ano. As duas vagas ficaram com Espanha e Eslovênia.

POLO AQUÁTICO

Depois de terminar o Mundial de Esportes Aquáticos, que aconteceu em fevereiro, em 14º lugar, o polo aquático masculino do Brasil não tem mais chance de classificação para Paris. A seleção brasileira masculina só disputou os Jogos Olímpicos a convite ou como país-sede, em 2016. No feminino, a seleção brasileira feminina também participou do Mundial, mas terminou em 15º lugar, sem chance de classificação. A equipe também não participou de Olimpíadas sem ser a convite ou como país-sede.

Vôlei masculino brasileiro entra em quadra com esperança de voltar ao pódio | Foto: Mauricio Val/FVImagem/CBV/CP

EM OUTRAS MODALIDADES, O PASSAPORTE BRASILEIRO PARA PARIS JÁ ESTÁ CARIMBADO

Se em algumas modalidades coletivas o Brasil não estará em Paris-2024, em muitas outras ou o passaporte já está carimbado ou então a vaga ainda é uma possibilidade, seja mais provável ou mais distante.

HANDEBOL FEMININO

O Brasil, que já foi campeão mundial da modalidade em 2013, garantiu a classificação no ano passado depois de conquistar medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago em 2023, no Chile. O pódio veio depois da vitória por 30 a 18 contra a Argentina. O handebol feminino esteve de fora das seis primeiras edições dos Jogos Olímpicos, mas agora irá para a sétima Olimpíada consecutiva.

FUTEBOL FEMININO

A Seleção Brasileira foi a primeira modalidade a garantir a vaga para Paris-2024. Ainda sob o comando de Pia Sundhage, em 2022, a equipe brasileira venceu o Paraguai por 2 a 0 na semifinal da Copa América, na Colômbia. Depois disso, as brasileiras se consagraram campeãs do torneio ao vencer as donas da casa na final. A Seleção esteve em todos os Jogos Olímpicos desde a inclusão do futebol feminino no programa, em 1996, e ganhou duas medalhas de prata, em 2004 e 2008.

RUGBY FEMININO

A seleção garantiu presença nos Jogos Olímpicos ao conquistarem o título do Sul-Americano da modalidade pela 21ª vez, em junho, com uma vitória sobre o Chile por 45 a 7.

VÔLEI FEMININO

A seleção feminina, que foi duas vezes campeã olímpica (2008 e 2012), além de ter uma prata (2020) e dois bronzes (1996 e 2000), se classificou ao ser vice-campeã do Pré-Olímpico de Tóquio, em 2023. O Brasil só não esteve presente nas quatro primeiras edições dos Jogos que incluíram a modalidade e estão indo para sua 12ª participação olímpica.

VÔLEI MASCULINO

A seleção masculina também se classificou para Paris depois de ser vice-campeão do Pré-Olímpico no Rio de Janeiro. O vôlei masculino brasileiro, dono de três ouros (1992, 2004 e 2016) e três pratas (1984, 2008 e 2012), nunca esteve fora de Jogos Olímpicos.

VAGAS EM ABERTO

Em duas modalidades, o Brasil ainda têm chance de conquistar a vaga olímpica. O basquete masculino perdeu a vaga direta ao ser eliminado do Mundial em setembro do ano passado. No entanto, ainda tem chance de classificação no Pré-Olímpico mundial, que acontecerá de 2 a 7 de julho. A seleção brasileira está no Grupo B, junto com Montenegro e Camarões. No Grupo A, estão Letônia, Geórgia e Filipinas. Os dois primeiros de cada grupo avançam para a fase eliminatória, e o campeão de cada cidade se classifica para os Jogos Olímpicos de Paris.

O rugby masculino também terá uma última chance de garantir uma segunda participação na história olímpica, após participar em 2016 como país-sede. A missão brasileira não será fácil no Torneio Final de Qualificação Olímpica de 2024, que acontecerá entre os dias 21 e 23 de junho, em Mônaco. A seleção terá pela frente quatro equipes que estão na primeira divisão do Circuito Mundial de Rugby Sevens: África do Sul, Grã-Bretanha, Canadá e Espanha. Participam ainda Chile, México, Tonga, Papua Nova Guiné, Uganda, China e Hong Kong China.