Homem que tentou apagar tocha olímpica é solto
Daniel Ferreira, de 35 anos, ficou preso em Cascavel por 36 horas
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O ato ocorreu durante a cerimônia de passagem do símbolo olímpico pela cidade e só não se consumou por causa da ação rápida da Força Nacional. Daniel foi acusado de dano ao patrimônio público e perturbação do sossego alheio. Na última quinta-feira, o juiz criminal Marcelo Carneval arquivou o flagrante feito pela Polícia Civil, afirmando que não houve crime.
Mesmo com o alvará de soltura expedido na quinta-feira à noite pela Justiça, Daniel só foi solto na manhã desta sexta depois de passar 36 horas na carceragem da 15ª Subdivisão Policial em Cascavel. Alguns familiares e amigos foram recebê-lo no pátio da delegacia.
Ao ser libertado, Daniel concedeu entrevista aos jornalistas de plantão. Ele disse que "não se arrepende" da atitude, a qual, segundo ele, era uma forma de protestar contra a crise econômica do Brasil e o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. "Se tivesse outra oportunidade eu faria tudo de novo, mas agora usaria um balde d'água", revelou.
A prisão de Daniel mobilizou as redes sociais para pagar a fiança estipulada em R$ 1,5 mil. Porém, com a decisão da Justiça de arquivar a prisão flagrante, não houve necessidade de efetuar o pagamento.
A mobilização começou pelo Facebook e depois para um grupo no Whatsapp chamado "Em prol do corajoso". Os administradores do grupo informaram que o dinheiro arrecadado será doado para famílias carentes e outra parte para Daniel, que está sem emprego formal. A corrente arrecadou cerca de R$ 500,00.