Roubo de dados por funcionários do COB é "inaceitável", afirma Rebelo
Ministro do Esporte avalia que ação prejudicou relação de harmonia com comitê de Londres
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"O Comitê Rio- 2016 agiu corretamente ao apurar o incidente, junto com o Comitê de Londres, e punir os autores", analisou o ministro. "O comportamento dessas pessoas foi inaceitável e não expressa a atitude de confiança e harmonia que tem marcado a cooperação dos dois países na preparação dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos sob sua responsabilidade", salientou Rebelo.
Ele informou que o governo do Reino Unido, inclusive, já aprovou a formação de um grupo de trabalho com o governo brasileiro para repassar a sua experiência de organização dos Jogos de Londres, apesar do incidente. A ideia seria ajudar o Brasil a enfrentar os desafios da preparação dos Jogos do Rio-2016.
"Equívoco" e demissão
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016 informou, na noite desta segunda-feira, por meio de nota oficial, que os dez funcionários envolvidos no roubo de documentos do Comitê Organizador dos Jogos de Londres-2012 (Locog) agiram por iniciativa própria, sem o conhecimento de seus chefes imediatos e de nenhuma outra liderança da entidade brasileira. Os responsáveis foram demitidos de seus cargos, conforme a entidade.
"Apesar de alegarem que não tinham intenção de prejudicar nenhuma das duas organizações, quebraram os princípios que regem a confiança mútua entre os comitês", diz trecho da nota oficial. Segundo o Comitê Rio-2016, 200 funcionários atuaram em Londres por conta da Olimpíada. E que no dia 1º de setembro, com os Jogos Paralímpicos recém-iniciados, os diretores de RH e de tecnologia da entidade foram procurados por seus respectivos pares do Locog, informando que cópias não autorizadas de arquivos do órgão haviam sido feitas por alguns funcionários do Rio-2016. Essas pessoas trabalhavam há três meses na organização do evento londrino. Os representantes do Locog solicitavam ainda a colaboração da entidade brasileira para que as cópias fossem localizadas e destruídas.
"Durante o período de trabalho no Comitê Organizador de Londres, os funcionários do Rio-2016 tinham acesso aos documentos do Locog, porém haviam assinado contrato que os proibia de copiar esses arquivos sem autorização do comitê londrino. Esses funcionários não precisavam ter copiado esses arquivos sem autorização. Bastava solicitá-los ao Locog, que vinha compartilhando informações de maneira colaborativa", relata outro trecho da nota oficial.