Seleção busca ouro inédito 24 anos após última final

A Seleção Brasileira confirmou seu favoritismo e mostrou superioridade durante todo o torneio olímpico. Neste sábado, às 11h, finalmente poderá lutar por uma medalha de ouro, 24 anos depois da prata dos Jogos de Seul. O adversário é o México, que também busca uma medalha inédita e já criou diversas dificuldades para o Brasil em outras competições. O palco é um templo do futebol britânico, Wembley. A Rede Record transmite as emoções de forma exclusiva na TV aberta. O Correio do Povo acompanha em tempo real os principais lances da partida.

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Na Olimpíada de 1988, o país tinha o artilheiro Romário. Na Grã-Bretanha, Leandro Damião é o goleador da vez e Neymar esbanja técnica e dribles numa campanha em que o Brasil marcou três gols em cada uma das partidas que disputou. E Mano Menezes ainda dispõe de Oscar como diferencial na criação de jogadas.

Apesar de apenas Leandro Damião seguir no Inter, a base da Seleção Brasileira não deixa de ter forte influência colorada. Oscar, Sandro, Alexandre Pato e Juan fizeram parte da história recente de títulos do clube gaúcho, o que estabelece um paralelo com a Seleção finalista de 1984, que era literalmente uma equipe titular do Inter reforçada de outros seis atletas do resto do país.

O México, por sua vez, faz sua primeira final. Apesar da tradição nas competições de base, a seleção da América Central não passou das semifinais, exatamente quando jogou em casa, na Olimpíada de 1968, na Cidade do México.

Os adversários apostam muito na velocidade dos contragolpes e na forte marcação. Estrela mesmo, apenas o centroavante Giovani dos Santos, que atua exatamente no futebol britânico, pelo Tottenham. O craque, contudo, sofreu uma lesão e desfalca a equipe exatamente na final. Na defesa, o veterano Carlos Salcido aparece como destaque, campeão holandês com o PSV e da Gold Cup da Concacaf pela seleção. Atualmente, contudo, defende o Pumas em sua terra natal.

Mano Menezes admitiu o frio na barriga antes da decisão, mas enfatizou que não há pressão especial pela conquista do ouro. Ele destacou que apelar para o lado emotivo é importante numa final. "Uma certa tensão é necessária para você sentir os jogos decisivos", ponderou.

O treinador do México, Luis Fernando Tena, por sua vez, salientou em coletiva que o clima já é de festa no México, independentemente da cor da medalha. "Claro que vamos tentar ganhar o ouro, mas nos sentimos felizes em poder provocar uma grande alegria ao nosso povo, que é apaixonado por futebol", relatou.

Jogos Olímpicos – Final

Brasil
Gabriel, Rafael, Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro, Rômulo e Oscar; Neymar, Hulk (Alex Silva) e Leandro Damião. Técnico: Mano Menezes.

México
Corona; Israel Jimenez, Salcido, Mier e Chavez; Aquino, Reyes, Enriquez e Fabian; Peralta e Raul Jimenez. Técnico: Luis Fernando Tena.

Árbitro: Mark Clattenburg, da Grã-Bretanha.
Local: Wembley Stadium, em Londres .
Horário: 11h