Para proteger atletas, Fifa reintroduz licença para agentes de jogadores

Para proteger atletas, Fifa reintroduz licença para agentes de jogadores

Limite de comissões e proibição de representação múltipla são algumas das medidas adotadas

AFP

Fifa perdeu ação para brasileiro

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O novo regulamento da Fifa sobre os agentes de jogadores entrará em vigor na próxima segunda-feira, com a reintrodução de uma licença, a proibição da representação múltipla e um teto para comissões, anunciou a federação internacional nesta sexta-feira. A medida, adotado em dezembro em Doha pelo conselho da Fifa,é, segundo a entidade, uma etapa decisiva na implementação de um sistema de contratações mais justo e transparente no futebol".

"O regulamento estabelece critérios de serviço mínimos entre os agentes de futebol e seus clientes. Entre outras medidas, impõe um sistema de licenças obrigatório, proíbe a representação múltipla para evitar conflitos de interesses e aplica um limite nas comissões. Desta forma, pretende-se reforçar a estabilidade contratual, proteger a integridade do sistema de transferências e alcançar mais transparência em todas as questões financeiras", explicou a Fifa.

O procedimento para obter uma licença de agente entrará em vigor a partir de segunda-feira, mas "foi definido um período de transição que vai até o dia 1 de outubro deste ano", acrescentou a federação. "A partir de tal data, só poderão ser contratados os serviços de agentes de futebol com licença e será aplicado o limite nas comissões dos agentes"

A ação procura amenizar a falta de regulamentação da profissão de agente depois que as licenças da Fifa foram abolidas em 2015. Desde então, só algumas federações controlam a atividade. O Centro Internacional de Estudos do Esporte (CIES) de Neuchatel, na Suíça, denunciou em 2018 "uma situação de faroeste", com uma concorrência feroz entre intermediários e "um alto nível de concentração nos segmentos mais lucrativos", controlado por um punhado de agentes prestigiados. Outra crítica habitual contra os agentes é quanto a suas remunerações, principalmente ligadas ao valor das contratações ao invés do salário dos jogadores, o que faz com que esses empresários incitem as mudanças de clube.

A Fifa quer acabar com esta situação colocando um teto de comissões fixo de 3% a 6% do salário anual, se o agente representa o jogador e/ou o clube comprador, e de 10% sobre o valor pago pela transferência se representa o clube vendedor. Na janela de transferências de 2022, entre 1 de junho e 1 de setembro, o montante em contratações internacionais no futebol masculino foi de 4,76 bilhões de euros, segundo a Fifa.

 

 

 


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