Patrice Evra recorre de punição por greve durante a Copa do Mundo
Volante do Manchester United levou cinco jogos de suspensão por "motim" contra o técnico Raymond Domenech
publicidade
"Evra ainda não recebeu a notificação da decisão da Comissão Federal de Disciplina de 17 de agosto, que se pronunciou pelas cinco partidas de suspensão da seleção da França", indicou o advogado em um comunicado enviado à AFP.
"Ele ainda não sabe a motivação", acrescenta o representante legal do lateral-esquerdo. "As supostas 'faltas no exercício de sua função de capitão para as quais foi convocado' não foram indicadas nem em sua convocação, nem no relatório, nem mesmo durante a reunião da Comissão de 17 de agosto de 2010", completou.
"Por este motivo, o jogador decidiu apelar, já que nenhuma acusação pode ser feita contra ele individualmente. A responsabilidade pelos fatos chamados 'ônibus de Knysna' eram de evidência coletiva", acrescenta seu advogado.
"A apresentação desta apelação (efetuada antes mesmo de ter tomado conhecimento da decisão) permitirá ao senhor Laurent Blanc, treinador nacional, se desejar, convocar Patrice Evra, já que a apelação é suspensiva (artigo 10 do regulamento disciplinar), a não ser que sua decisão seja motivada pelo órgão disciplinar", assegura o defensor.
"O advogado está totalmente errado", reagiu Jean Lapeyre, diretor de Assuntos Jurídicos da FFF, consultado pela AFP. "A decisão foi anunciada hoje. As motivações da punição estão anunciadas e a instância disciplinar decidiu retirar o efeito suspensivo: esta apelação não será suspensiva."
Após a greve de Knysna e o fracasso dos “Bleus” na África do Sul, a comissão disciplinar da Federação Francesa de Futebol apresentou a sua decisão na terça-feira passada: Nicolas Anelka foi suspenso por 18 partidas da seleção, Evra levou cinco jogos de suspensão, Franck Ribéry perderá três partidas, enquanto Jérémy Toulalan foi punido com uma partida de suspensão e Eric Abidal foi absolvido.
