Platini garante que continua na briga pela presidência da Fifa

Platini garante que continua na briga pela presidência da Fifa

Ex-craque francês afirmou que "não há nenhuma dúvida" sobre sua integridade

AFP

Platini garante que continua na briga pela presidência da Fifa

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 O ex-craque francês Michel Platini afirmou nesta terça-feira em entrevista que "não há nenhuma dúvida" sobre sua integridade, e deixou claro que "continua determinado" a concorrer pela sucessão do suíço Joseph Blatter na presidência da Fifa.

Ouvido como testemunha pela justiça suíça na sexta-feira, por questionamentos ligados ao pagamento de 2 milhões de francos suíços (1,8 milhões de euros que recebeu da Fifa em 2011), o presidente da Uefa explicou que este montante era "o saldo da remuneração que era devido por um trabalho realizado", que acabou sendo depositado quando ele mesmo fez o pedido à entidade.


Qual é a natureza do trabalho efetuado de 1998 a 2002, pelo qual o senhor recebeu pagamento da Fifa?

"Eu era funcionário da Fifa, como conselheiro do presidente Joseph Blatter, principalmente em relação a todas as questões ligadas ao futebol, como, por exemplo, o calendário internacional. Foi um trabalho em tempo integral".

Como aconteceram esses pagamentos? O senhor recebeu uma parte antes de 2011?
"Sim, como já expliquei às autoridades suíça, recebi parte do salário combinado na época entre 1998 e 2002. Naquele período, a Fifa me explicou que não era possível pagar a totalidade do salário, como era previsto. Obviamente, todo o dinheiro que eu recebi na época foi declarado às autoridades competentes".

Como o senhor explica que o saldo final foi depositado apenas em 2011, nove anos depois da conclusão da sua missão com a Fifa?

"O senhor Blatter tinha me informado no início do meu trabalho de conselheiro que não seria possível pagar o valor integral imediatamente, principalmente por conta da situação que a Fifa atravessava naquele momento. Nunca duvidei do fato que este pagamento seria realizado no momento oportuno, por isso não procurei receber imediatamente, e deixei um pouco de lado este aspecto, para pedir o
saldo final apenas em 2011".

O senhor já pagou imposto sobre este valor na Suíça?

"Sim, declarei todos os montantes recebidos e paguei todos os impostos decorrentes".

O que o senhor responde àqueles que alegam que o saldo final foi depositado no ano da quarta reeleição de Blatter, deixando entender que ele teria pago para que não se candidatasse contra ele?

"Como já falei mais cedo, o saldo da remuneração era devido, por um trabalho que eu tinha realmente feito e foi depositado quando eu solicitei à Fifa. O timing da eleição presidencial não tem nada a ver como isso, porque, naquela época, eu não pretendia ser candidato. Em março de 2011, fiquei encantado quando fui reeleito para mais um mandato de presidente da Uefa".

O senhor teme ser suspenso pela comissão de ética da Fifa? A comissão chegou a entrar em contato com o senhor?

"Eu mesmo tomei a iniciativa de entrar em contato com a comissão de ética, para informá-la que eu estou à sua disposição, e tenho até muito interesse em responder a todas as perguntas para esclarecer a situação. Não temo nenhuma suspensão, por que sei que não fiz nada de errado".

As autoridades chegaram a abrir um processo criminal contra o senhor?

"Claro que não. Foi ouvido apenas como uma pessoa chamada para fornecer informações, e colaborei plenamente com a justiça suíça".

Como o senhor se sente diante deste clima tenso?

"Estou calmo, totalmente sereno, porque não tenho o menor motivo para ficar preocupado. Já recebi inúmeras mensagens de apoio no mundo inteiro, de pessoas que confiam em mim e esperam que eu possa restaurar rapidamente a credibilidade das instituições do futebol".

Como as acusações afetam o senhor? Está preparado para sofrer outros ataques ou polêmicas até a eleição, em fevereiro de 2016?

"Já faz tempo que eu sabia que iria sofrer ataques sem fundamento e sei que isso vai continuar até as eleições. Estou simplesmente decepcionado com as especulações de certos veículos que falam sobre 'dúvidas' ao meu respeito. Não fiz nada de errado, por isso estou à disposição de todas as instâncias responsáveis para esclarecer o que for necessário".

O senhor acha que será possível resgatar um dia o vínculo de confiança entre os fãs de futebol e a Fifa?

"Eu continuo determinado a concorrer á presidência da Fifa, para realizar as reformas necessárias de governança que permitirão restaurar a ordem e a credibilidade do futebol mundial".

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