Presidente do Cerâmica corre contra o tempo para evitar leilão do estádio

Presidente do Cerâmica corre contra o tempo para evitar leilão do estádio

Clube de Gravataí pode perder estádio Vieirão por conta de dívidas trabalhistas estimadas em R$ 800 mil

Nicholas Lyra

Estádio Antônio Vieira Ramos, o Vieirão, foi palco de jogos do Campeonato Gaúcho no início da década

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Após chegar a disputar o Campeonato Gaúcho por duas temporadas no início da década, o Cerâmica, de Gravataí, vive hoje situação bem diferente. E o ápice da crise financeira chegou nos últimos dias, com o anúncio de que o estádio Antônio Vieira Ramos, o Vieirão, deve ir a leilão por conta de dívidas trabalhistas. Diante da situação, o clube corre contra o tempo para encontrar solução que evite a perda do único patrimônio do clube.

O Cerâmica, que chegou à primeira divisão do Estadual em 2012, e foi rebaixado no ano seguinte, hoje acumula R$ 800 mil em dívidas trabalhistas. Entre ex-jogadores e ex-funcionários, são sete ações movidas contra o clube. Conforme Décio Becker, presidente do Cerâmica, o clube estuda maneiras para tentar quitar as dívidas e evitar o leilão. Uma das possibilidades, de acordo com ele, é uma nova regularização das áreas próximas ao Vieirão. 

Uma nova metragem de áreas vizinhas ao terreno possibilitaria que o clube vendesse parte do terreno próximo, sem se desfazer do estádio. "Estamos tentando ganhar tempo com isso. É uma questão que ainda passa por trâmites legais.", explica. A área anexa estaria avaliada, conforme Becker, em R$ 1 milhão, valor suficiente para quitar as dívidas trabalhistas em caso de venda.  

No entanto, não há como prever em quanto tempo isso seria possível, já que os processos envolvem terrenos vizinhos ao estádio. O Vieirão foi construído em uma área doada pela prefeitura de Gravataí com a condição de que, em cinco anos, fosse construída uma praça de esportes no local, o que foi cumprido. Hoje, o Antônio Vieira Ramos é o único patrimônio do clube. O estádio está avaliado em cerca de R$ 20 milhões. O lance inicial previsto para o patrimônio, conforme a Raupp Leilões, é de R$ 10 milhões.

"Sentimento de frustração" 

Para o presidente, no cargo desde 2005, e que passou pelos momentos mais gloriosos do clube, a sensação é de frustração. "Houve dedicação e esforço para construir o patrimônio todo. É lamentável a maneira como ele pode terminar. Esperamos que isso não aconteça", lamenta. 

Por conta das dívidas, hoje, o retorno do Cerâmica ao futebol profissional é descartado, pelo menos a curto e médio prazo. "Em função dessas dívidas todas, é inviável. Caso se resolva, aí podemos pensar nisso. Com trabalho de base e começando lá por baixo de novo", finaliza. 


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