Romário acusa CBF e Federação Paulista de antidoping clandestino
Deputado relatou que exames são realizados em laboratório não credenciado pela Wada
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"Esse desrespeito nos leva a suspeitar dos resultados apurados naquele laboratório, que podem contribuir para esconder resultados positivos que, assim, não seriam do conhecimento da Fifa e da própria Wada e, se descobertos, poderiam ser desconsiderados, justamente por não serem de um laboratório credenciado", disparou Romário. O único laboratório na América do Sul credenciado é o Ladetec, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), responsável pelos exames nos Jogos Panamericanos de 2007.
Além disso, Romário questionou a falta de notícias envolvendo jogadores flagrados no exame em São Paulo. "Não seria por esse motivo que não temos observado notícias sobre casos de doping registrados no Campeonato Paulista? Não é estranho? Eu acho, muito estranho e perigoso", completou.
Para exemplificar os danos que um exame antidoping "clandestino" causaria a um atleta, e consequentemente ao clube que ele defende, o deputado lembrou o caso do volante Rodrigo Souto, em 2008. Na ocasião, o Santos foi notificado pela Conmebol de que o exame do jogador, após a partida com o San José, em Oruro (BOL), pela Copa Libertadores, apontou traços de cocaína. Rodrigo foi absolvido seis meses depois com uma defesa baseada no argumento de que o procedimento foi feito fora dos padrões exigidos pelas entidades internacionais. Entretanto, o atleta inicialmente havia sido suspenso por dois anos e não atuou durante o primeiro turno do Campeonato Brasileiro de 2008, mas a Fifa liberou Rodrigo para jogar em torneios nacionais.