São José deve investir R$ 1,2 milhão na troca do gramado sintético do Passo D'Areia

São José deve investir R$ 1,2 milhão na troca do gramado sintético do Passo D'Areia

Novo piso terá certificado da Fifa e segue padrão internacional

Chico Izidro

São José iniciou a troca do gramado há duas semanas

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Desde 2011 o gramado do Estádio Passo D'Areia, do São José, em Porto Alegre, deixou de ser natural e passou a ser sintético. E desde a semana passada, o clube da Zona Norte começou a troca do piso artificial, em um investimento de R$ 1,2 milhão, como parte do projeto do São José para o próximo ano. “A tecnologia da fibra, que não é mais simplesmente o polietileno (plástico), é mais avançada do que a atual no Passo d'Areia. Teremos uma fibra mais macia, com uma cor melhor, mais clara, e que retém muito menos calor do que o atual”, garante Cristian Truda, administrador da Base Construções Esportivas, responsável pela troca do gramado.

Na primeira etapa da troca, o atual piso está sendo retirado e haverá um trabalho de nivelamento do campo antes da instalação do sintético. Diferente do que acontece atualmente, haverá um sistema de drenagem no campo, que será outro fator fundamental para eliminar o acúmulo de calor no piso. Para obter o Certificado Fifa, o piso precisa passar por 12 testes. Entre eles, considerados os mais importantes, estão o de resistência à rotação de joelho, velocidade da bola e qualidade do rebote da bola (o quique). O piso escolhido já passou pelos testes. “Foi pré-testado e aprovado em laboratório, o que significa, de acordo com a FIFA, que tem as mesmas características do piso natural”, diz Truda. Outros times já analisam a instalação do gramado artificial, como Palmeiras e Vitória.

Muitos países, principalmente na Europa, instalaram a grama sintética em seus estádio por causa das condições climáticas. O frio prejudica o crescimento da grama e a manutenção de grama natural. A Rússia é um bom exemplo de local onde os termômetros registram temperaturas muito baixas.

Em Moscou, o Estádio Luzhniki, casa do Spartak Moscou e do Torpedo Moscou, foi o primeiro estádio com autorização para ter grama sintética. Outros pelo mundo que já aderiram ao gramado artificial são o Estádio do Bessa (Portugal), CenturyLink Field (EUA), Estádio Caliente (México), Stade de Suisse (Suíça), Astana Arena (Cazaquistão) e BC Place (Canadá). Além de ela não atrapalhar o desempenho dos atletas, é bem semelhante a grama natural. Tem excelente impacto visual e pode ser usada em diferentes tipos de terrenos, mesmo em áreas menos acessíveis e irregulares.

Perguntas mais frequentes sobre o gramado sintético:

O sintético causa mais lesões?
Não. Estudos mais recentes encomendados pela Fifa e pela Uefa mostram, inclusive, menor incidência de lesões musculares e articulares em pisos sintéticos, isso porque o sintético possui menos irregularidades e há nivelamento.

A qualidade do jogo é prejudicada?

A tendência é que a qualidade do jogo se assemelhe aos gramados naturais onde os jogos ficam mais rápidos e com favorecimento às trocas de passes. A alegação de que o piso seja mais duro também não se justifica quando analisada a incidência de lesões como fascite plantar (na sola do pé). O São José não apresenta jogadores com este histórico depois de oito anos com o sintético.

O gramado sintético é mais quente do que o piso natural?
Sim, porque o composto do gramado sintético é bastante diferente do natural e tem, entre as suas características, a retenção de calor. O novo material, no entanto, diminuirá bastante este efeito, por ter a composição da fibra diferente. O Passo d'Areia contará, ainda, com um novo sistema de drenagem para equilibrar a temperatura dentro de campo.

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