Santa Cruz pode receber primeira pista de curling do Brasil
Confederação Brasileira de Desportos no Gelo assumirá elaboração do projeto
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O objetivo é aproveitar parte dos investimentos previstos para os Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil para viabilizar a obra — a estrutura deve sediar disputas de curling (5x45m), patinação e hóquei (30x60m), além dos 24,5 metros necessários para eisstocksport. A prefeitura avalia a área e ainda neste mês ou em dezembro deve elaborar um termo de cooperação, por meio do qual o município formalizará a cedência do espaço para a construção da estrutura, e a Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG) assumirá a elaboração do projeto.
O passo seguinte, explica o presidente da CDBG, Emilio Strapasson, é, com a aprovação do projeto, contratar uma consultoria para fazer o projeto de um ginásio multiuso, que poderia abrigar outros eventos durante alguns meses do ano, não necessariamente relacionados aos esportes no gelo.
Temperatura não é o problema
Do ponto de vista prático, a temperatura da cidade não seria um impeditivo, já que o espaço precisaria contar de qualquer forma com máquinas desumidificadoras, que eliminassem qualquer resquício de umidade do local. De acordo com o secretário municipal de Segurança, Cidadania, Relações Comunitárias e Esporte, Henrique Hermany, o aporte de recursos para a construção da estrutura ficará sob a responsabilidade da CBDG.
O custo está estimado em R$ 10 milhões, e a ideia é inserir o projeto nos R$ 800 milhões previstos para investimentos em atividades de esporte com vocação olímpica no Brasil até a Olimpíada de 2016. “A cidade tem toda a estrutura logística e localização geográfica favorável para receber a arena”, afirma Hermany.
A ideia de construir uma pista de curling no Brasil partiu da Federação Internacional da modalidade, impressionada com os altos índices de audiência na TV verificados durante os Jogos de Inverno, no início deste ano, em Sochi, na Rússia. “Nem nós temos a menor ideia de como essa audiência absurda se deu”, brinca Strapasson. Em termos de resultado, ele avalia que em 12 anos será possível colher os primeiros frutos do esporte no país.