Após fracasso no Uruguai, Brasil terá jogos difíceis em novembro

Após decepcionar na terceira e na quarta rodada das eliminatórias da América do Sul para a Copa do Mundo de 2026, a Seleção Brasileira terá de dar a volta por cima diante de dois grandes do futebol sul-americano: Colômbia e Argentina. Com os resultados contra Venezuela e Uruguai, a equipe do Brasil caiu para a terceira colocação na competição, com sete pontos, mesma pontuação da Celeste Olímpica e dos venezuelanos. 

Se o técnico Fernando Diniz não conseguiu implementar seu estilo de jogo no empate contra a Venezuela, em casa, e na derrota contra o Uruguai em Montevidéu, as partidas contra Colômbia e Argentina, nos dias 16 e 21 de novembro, respectivamente, serão enfrentamentos ainda mais complicados para encontrar um bom futebol. Isso, porque o treinador, apesar do bom trabalho que faz no Fluminense, ainda precisa mostrar um bom desempenho no comando da Seleção. E mais, terá que fazer isso sem Neymar, que saiu lesionado durante a derrota de ontem, contra o Uruguai, e provavelmente não estará recuperado até os próximos confrontos.

Desempenhos medíocres

Na primeira partida, contra a Venezuela, apesar de maior posse de bola (65%) e de mais chances criadas, o Brasil parou na forte marcação adversária, e, pior, deu espaços, cedendo já no final da partida o empate, com um gol meio bicicleta, meio puxeta, de Bello.

Quem esperava que a recuperação pudesse vir distante de casa, se enganou redondamente. Impulsionado por sua torcida, em um estádio Centenário lotado, o Uruguai engoliu o Brasil e derrotou a seleção de Diniz por 2 a 0, com gols de Darwin Nunez e De La Cruz. O Brasil até teve mais posse de bola (59%), mas não criou quase nada. Deu um chute a gol. A melhor chance foi com Rodrygo, aos 23 do segundo tempo, quando cobrou um falta no travessão. Fora isso, Sergio Rochet, goleiro da Celeste e do Inter, não sujou o uniforme.

Pedreiras pela frente

Se não quiser naufragar em uma crise na Seleção, Diniz terá de dar a voltar por cima diante de duas grandes equipes. O primeiro desafio será a Colômbia, em Barranquilla. Apesar de ocupar a modesta 5ª colocação na classificação para a Copa, os colombianos ainda não perderam na competição. Venceram a Venezuela na 1ª rodada e empataram as outras três partidas. No segundo jogo em casa, contra o Uruguai, a vitória só não veio por conta de um pênalti cometido pelo goleiro Camilo Vargas ao 40 minutos da etapa final.

O time colombiano tem como armas velhos conhecidos do futebol brasileiro, como o atacante Borré, ex- River Plate, e John Arias e James Rodriguez que jogam no Fluminense e no São Paulo. A partida em Barranquilla promete ser muito complicada.

Depois disso, o teste de fogo. Nada mais nada menos, que um Brasil e Argentina no estádio Maracanã. Comandada por Messi, a atual campeã do Mundo ainda joga o mesmo futebol de um ano atrás, que tirou a seleção da fila por um título depois de 36 anos.

A “Scaloneta”, como é apelidada a equipe treinada pelo técnico Lionel Scaloni, apresenta solidez defensiva, com o goleiro “Dibu” Martinez e cia. No meio, o tripé forjado em meio a Copa do Catar, De Paul, Enzo Fernandez e Mac Allister dão o equilíbrio necessário entre uma marcação ferrenha e a criação para o ataque. Na frente, o gênio Messi ainda dá provas que está longe do fim. Ontem, após fazer dois gols contra o Peru, ele passou Suárez na artilharia geral em Eliminatórias de Copa do Mundo da América do Sul, com 31 gols. O camisa 10 já é cotado para vencer mais um prêmio de Melhor do Mundo, o que seria o seu oitavo.

Julian Alvarez e Nicolás González,às vezes Lautaro Martinez, fecham o ataque ao lado do craque. Um desafio e tanto para uma Seleção Brasileira que ainda junta os cacos da eliminação contra a Croácia na última Copa, e que tenta, sem sucesso algum, encontrar um bom futebol.