Brasil vive sonho de primeiro título em edição histórica da Copa do Mundo

Brasil vive sonho de primeiro título em edição histórica da Copa do Mundo

Com um time mesclando experiência e juventude, Seleção Brasileira quer surpreender no primeiro Mundial Feminino com 32 seleções

Victória Rodrigues*

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Há 32 anos, em 1991, se iniciava o embrião do que hoje chamamos de Copa do Mundo Feminina. Na China, um grupo de atletas brasileiras era uma das atrações do primeiro torneio experimental de seleções femininas realizado pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). Naquela competição, a maioria das jogadoras fazia parte do time carioca Radar, que representava o melhor do futebol feminino na época. A viagem foi tão improvisada que as atletas utilizaram modelos de camisas antigos da seleção masculina. Além disso, os registros dos jogos são muito raros, praticamente inexistentes, o que revela que a história do futebol feminino no Brasil é praticamente toda oral. Quando o assunto é pagamento se torna ainda pior. As jogadoras não recebiam salário, jogavam apenas por amor ao esporte. Apesar de todos os empecilhos, a seleção terminou o torneio na terceira colocação. 

 

Hoje, três décadas depois, na 9ª edição do Mundial, os avanços são significativos. Para o Mundial deste ano, sediado na Austrália e Nova Zelândia e que começa no próximo dia 20, o time viajou pela primeira vez na história em um voo fretado. Uma mulher no comando da equipe também é inédito: Pia Sundhage é a primeira a liderar o time em uma Copa do Mundo. Além disso, a Seleção conta com uma delegação de 31 pessoas, sendo 17 mulheres. Também foi criado um Núcleo de Saúde e Performance que conta com médicos, fisioterapeutas, psicólogos e ginecologistas, algo inédito para as atletas brasileiras.

Foto: Thais Magalhães / CBF / Divulgação / CP

Na formação de um novo ciclo, sob o comando de Pia, esse será o primeiro Mundial sem nomes importantes como Cristiane e Formiga. A rainha Marta será uma das figuras experientes para tentar levar o Brasil à conquista da primeira estrela da Copa do Mundo. A ideia da técnica é mesclar jogadoras experientes e estreantes para enfrentar as adversárias no torneio. Além de Marta, a equipe irá contar com outras estrelas, como Tamires, Debinha e, pela primeira vez em uma Copa do Mundo, a “imperatriz” Bia Zaneratto e a atacante da Roma Andressa Alves.

Foto: Thais Magalhães / CBF / Divulgação / CP

Também com a convocação de nomes como a goleira Bárbara, que já defendeu a camisa amarela em quatro Mundiais, e a zagueira Mônica com duas Copas para somar na experiência, o Brasil é favorito do Grupo F para avançar às oitavas de final. Na mesma chave, acompanhando as brasileiras no favoritismo, está a seleção da França, que mesmo enfrentando uma crise recente de desentendimento entre as jogadoras Wendi Renard e Kadidiatou Diani, lideranças da equipe, e a antiga técnica Corinne Deacon, ocupa o 5º lugar no ranking oficial da Fifa e é a adversária mais difícil do Brasil nesta fase. A Jamaica fará sua segunda participação consecutiva no Mundial, algo inimaginável para a equipe que sofreu diferentes remontagens no elenco nos últimos dez anos. Já o Panamá é considerado a zebra do Grupo. 

* Sob supervisão de Carlos Corrêa


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