Dunga garante que não quer "perder a essência do futebol brasileiro"

Dunga garante que não quer "perder a essência do futebol brasileiro"

Amistoso contra a França ocorre nesta quinta-feira, em Paris

AFP

Amistoso contra a França ocorre nesta quinta-feira, em Paris

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Considerado o símbolo do pragmatismo em detrimento do jogo vistoso, Dunga rebateu críticas ao afirmar que não pretende "perder a essência do futebol brasileiro", nesta quarta-feira, na véspera do amistoso contra a França.

Que lembranças você guarda da final da Copa do Mundo de 1998?
Ganhar ou perder faz parte do futebol. O Brasil disputava sua segunda final seguida. Esta final vai ficar para sempre na memória. O estádio cheio, a festa, a adrenalina do jogo. Enfrentamos uma grande equipe. Quando perdemos, falamos muito nos nossos erros, mas também é preciso ressaltar o valor do adversário. A França tinha uma grande seleção. Jogava em casa, com grande atletas, que ganharam muita experiência ao atuar fora do país. Ser campeão mundial é muito difícil, é para poucos. A França foi campeã apenas uma vez, e portando não deixou escapar o título em casa.

Será que Thiago Silva conseguiu superar o trauma da última Copa? Ele é emotivo demais?
Os jogos seguintes vão demonstrar se ele conseguiu superar ou não. Acreditamos nele, em sua capacidade e qualidade técnica e tática. Todos nós somos emotivos, principalmente os latinos. O mais importante é conseguir o equilíbrio de controlar a emoção do bem ou do mal nos momentos de maior pressão.

Você confirma que Firmino será titular no ataque?
Não confirmamos nada, colete é mera distribuição de posições. Trabalhamos o equilíbrio da defesa, a transição da defesa para o ataque e movimentos ofensivos. Independentemente de quem vai jogar ou não, todos têm que estar preparados.

Como fazer para derrotar a França?
Teremos que jogar melhor do que a França. É um adversário complicado, que joga em casa. Depois disso, teremos a Copa América, então precisamos estar preparados.

Qual a importância deste amistoso para testar jogadores?
Todos os jogos são fundamentais. Precisamos ter opções para cada posição. É importante ter amistosos, para avaliar as dificuldades de cada partida e ver o que precisamos melhorar para estarmos preparados para a próxima competição oficial. Muitos acham que precisa mudar 50 a 60% da equipe, mas neste caso, não é possível tirar o melhor de cada jogador. Se mudar apenas um ou dois, ajuda os novatos, que chegam com uma base forte já montada. Mudanças demais criam instabilidade.

Que estilo você pretende dar à seleção?
Queremos montar uma equipe moderna, compacta, agressiva, mas sem perder a essência do futebol brasileiro: o drible e a criatividade.

Qual é a chave de uma boa preparação para a Copa do Mundo de 2018?
Depende de quem está no comando dos jogadores, mas principalmente de aprender com o que aconteceu e tentar fazer diferente. Fazemos críticas construtivas, pontuais, para que possamos melhorar. São três fatores importantes: pensar como vencedores, ter atitude e realizar o que pensamos. No papel, tudo dá certo, todo mundo é bom. Em campo as coisas mudam, ali temos que ser bons.


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