Marin não consegue pagar fiança e pode retornar para a prisão

Marin não consegue pagar fiança e pode retornar para a prisão

Ex-presidente da CBF pediu o adiamento do prazo quatro vezes

AE

Marin não consegue pagar fiança e pode retornar para a prisão

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O ex-presidente da CBF, José Maria Marin, não consegue levantar o dinheiro para sua fiança e pode ser obrigado a retornar a uma prisão se não depositar até esta sexta-feira. Em uma carta aos juízes norte-americanos, os advogados do ex-cartola indicaram que estão com dificuldades para reunir o volume de dinheiro solicitado pela Justiça. Mas pedem que os juízes aceitem um adiamento do depósito.

Essa é a quarta vez que Marin pede o adiamento. Mas a Justiça já indicou que pode ser a última e, se não houver um sinal claro de depósito, a prisão pode ser decretada até o final da semana.

O novo adiamento foi concedido por conta de o valor coletado já representar mais de 70% do valor estipulado. Mas, em uma situação legal complicada, o ex-dirigente tem sofrido para conseguir convencer um banco a conceder crédito.

Marin foi preso no dia 27 de maio, em Zurique, e indiciado por corrupção. Ele acabou aceitando a sua extradição aos Estados Unidos no início de novembro e indicou que estaria disposto a pagar uma fiança de US$ 15 milhões para aguardar por seu julgamento em um apartamento na Trump Tower, em Nova Iorque. No dia 3 de novembro, Marin apareceu diante da Corte norte-americana e se declarou "não-culpado".

O juiz Raymond Dearie estipulou ainda que o brasileiro pagasse US$ 1 milhão em dinheiro, outros US$ 2 milhões em papéis de garantias de bancos, além de ter seu apartamento confiscado.

Tudo isso deveria estar depositado na administração norte-americana no dia 6 de novembro.

Um dos principais problemas se refere a um pagamento de US$ 1 milhão que teria de entrar na conta da Justiça na última segunda-feira. Os documentos sobre o apartamento foram de fato entregues. Mas os advogados solicitaram um adiamento do prazo para depositar o dinheiro e as garantias dos bancos. "Esperávamos depositar US$ 1 milhão em dinheiro hoje (terça). Mas enfrentamos algumas dificuldades", disse Charles A. Stillman, um dos advogados de Marin, ao juiz Dearie em uma carta obtida pela reportagem.

Stillman garantiu que um cheque avaliado em US$ 769 mil seria depositado ainda nesta terça-feira, com as movimentações bancárias. "Com relação às garantias de US$ 2 milhões, uma carta de crédito foi obtida de um banco brasileiro e estamos trabalhando para finalizar a emissão dos bônus", explicou.

Quando o acordo de fiança foi estabelecido, Dearie insistiu que Marin entendesse o que precisava ser feito para que ele pudesse acompanhar o julgamento de sua casa. Em troca, ele poderia sair para ir para o médico, ver seus advogados e ir para a Igreja, o que ele acabou fazendo na semana passada. Ao não cumprir suas obrigações, porém, Marin poderia ser obrigado a retornar para a prisão.

Em uma súplica ao juiz, o advogado ainda indicou que ele e seu cliente estão fazendo de tudo para conseguir realizar o depósito. "Tenha certeza de que todo o esforço está sendo feito para cumprir as obrigações da fiança", escreveu. Stillman, porém, pediu que o prazo da garantia dos bancos fosse modificado. Mas ele indicou na carta que o vice-procurador, Samuel P. Nitze, o informou que o governo não aceitaria tal mudança.

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