Técnica campeã olímpica da ginástica rítmica dá aula para atletas em Porto Alegre

Técnica campeã olímpica da ginástica rítmica dá aula para atletas em Porto Alegre

Cinco vezes campeã mundial, a ex-ginasta Amina Zaripova ministrou dois dias de aula para atletas no Grêmio Náutico União

Victória Rodrigues *

Zaripova dividiu suas experiências com as jovens ginastas na Capital

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A técnica russa Amina Zaripova foi a atração dessa semana no GNU. Grande nome da ginástica rítmica, Zaripova foi campeã olímpica nos Jogos do Rio-2016 com a atleta Margarita Mamun e cinco vezes campeã mundial. Com toda essa bagagem e experiência, ministrou duas Master Class nos dia 12 e 13 de julho na sede União Petrópole. O curso foi aberto ao público e atletas de todo o país puderam participar e estados como Tocantins, Paraná e Goiânia marcaram presença para aprender com uma das melhores técnicas do mundo.

Apesar do acesso ao mundo da ginástica rítmica ser mais amplo atualmente, ouvir o conhecimento de um grande nome do esporte sempre é um diferencial. Segundo Anna Danielyan, treinadora armena do GNU, a oportunidade de ter Zaripova presente nos treinos é algo único. “É como ter um olhar diferente que muda completamente tudo”, explica. “Ela fez um trabalho específico para braços e quando a gente vê as coreografias das russas, se vê uma linha tão alongada, tão bonita. Então tudo isso bem explicado, trazido de uma escola tão significativa quanto a russa, tem muita força com certeza”, diz. Cada exercício da aula é pensado para o que virá depois. Alongamento, força, equilíbrio e linha corporal são os passos para a execução perfeita de um movimento.

A ginástica rítmica é caracterizada por técnica e elementos artísticos caminhando sempre juntos, um complementando o outro. As escolas russas são conhecidas pela tradição na ginástica e, para Anna, ter alguém de lá mostrando as técnicas para as meninas é um diferencial. “O trabalho corporal delas, a consciência e a disciplina passadas para as crianças é muito diferente”, afirma a treinadora. A atleta mais nova presente na aula tinha apenas 6 anos, mal consegue compreender alguns movimentos passados nas aulas mas, mesmo assim, é uma experiência que irá somar no futuro da pequena ginasta. “Eu quis que ela fizesse porque daqui três anos quando ela for para um campeonato não vai ser para brincar e ela já tem que ter consciência disso”, diz Danielyan.

Entre os fatores que apontam o crescimento da ginástica rítmica no Brasil atualmente - o país teve conquistas inéditas em 2022 e 2023 -, está a mudança no Código de Pontuação adaptado, que foi acrescentado uma pontuação artística de dez pontos. É o que diz a treinadora do GNU. “O artístico do Brasil se sobressai. O brasileiro é famoso pela dança, pelo carnaval, pela música, você consegue diferenciar uma ginasta brasileira quando se solta em uma apresentação e hoje as treinadoras conseguiram trazer esse lado para as coreografias”, conclui.

Técnica russa trabalhou aspecto corporal das atletas. Crédito: Bruna Cabrera / GNU Divulgação

* Sob supervisão de Carlos Corrêa

 


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