Tatuagem de Daniel Alves nas partes íntimas foi decisiva para prisão preventiva

Tatuagem de Daniel Alves nas partes íntimas foi decisiva para prisão preventiva

Defesa de Daniel Alves tem até quarta-feira para fazer um pedido de habeas corpus para liberá-lo da prisão

AE

Para Daniel Alves, Barcelona ainda é o time ´´a ser batido``

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Uma tatuagem foi decisiva para o pedido de prisão preventiva contra Daniel Alves, acusado de agressão sexual em Barcelona, na Espanha. De acordo com o jornal El Mundo, a vítima descreveu que o jogador tinha uma tatuagem de meia-lua entre o abdome e as partes íntimas, que só poderia ser vista caso ele estivesse sem roupa.

Diante da juíza Maria Concepción Canton Martín, em depoimento prestado na última sexta-feira, Daniel Alves teria, em um primeiro momento, afirmado que ele estava sentado no vaso sanitário quando a mulher de 23 anos entrou no banheiro e se atirou sobre ele. Neste momento, a juíza perguntou pela tatuagem, onde estava localizada em seu corpo e como era possível a vítima tê-la visto se ele estava vestido. A partir desse questionamento, Daniel Alves retificou o que havia dito, afirmando que se levantou assim que a vítima entrou no banheiro e, por isso, ela viu a tatuagem.

Em seguida, Daniel Alves alterou novamente sua versão, admitindo que teve relações sexuais com a denunciante de maneira consensual. Diante das contradições e alegando que o jogador poderia deixar a Espanha, a juíza decretou sua prisão preventiva.

A defesa de Daniel Alves tem até quarta-feira para fazer um pedido de habeas corpus para liberá-lo da prisão. Articula-se também um novo depoimento do atleta de 39 anos. O objetivo é reverter a prisão para algo mais brando, como a proibição de deixar o país, recolhimento dos passaportes ou o estabelecimento de uma fiança. Uma das alternativas estudadas é recorrer às instâncias superiores.

No mesmo depoimento, Daniel Alves foi questionamento sobre o valor que recebida mensalmente em seu clube, o mexicano Pumas. O lateral-direito respondeu que ganhava 30 mil euros (R$ 170 mil, aproximadamente), mas foi prontamente corrigido pela juíza, que, de posse do seu contrato, apontou que seu salário era de 300 mil euros (R$ 1,7 milhão).

A juíza Maria Concepción Canton Martín decretou a prisão de Daniel Alves na última sexta-feira. Ele foi detido ao dar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção. A juíza argumentou na decisão de prender o jogador que existia o risco de fuga, uma vez que o atleta não mora mais na Espanha e tem recursos financeiros para sair do país a qualquer momento. Além disso, o país não tem acordo de extradição com o Brasil.

A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a mulher em um banheiro da sala VIP da boate, segundo o jornal El Periódico. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido.

A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d’Esquadra), que colheu depoimento da vítima. Ela também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.

Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar. No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa "Y Ahora Sonsoles", da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma boate que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.

No depoimento, porém, de acordo com os meios de comunicação da Espanha, o atleta afirmou ter tido relações consensuais com a mulher, cujo nome não foi revelado. O suposto crime sexual teria ocorrido num banheiro da área VIP da casa noturna. Segundo a rádio Cadena SER, imagens da vigilância interna do local confirmam que Daniel Alves ficou 15 minutos com a mulher no banheiro.

De acordo com o jornal El País, a mulher não quer ser indenizada e abriu mão de ser ressarcida financeiramente pelas lesões e também pelos danos morais por entender que o objetivo principal é fazer com que o atleta seja punido pelo ocorrido. O Pumas, do México, anunciou na última sexta que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube será rompido por justa causa.


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