Xavi se retrata após não citar vítima ao comentar acusação contra Dani Alves

Xavi se retrata após não citar vítima ao comentar acusação contra Dani Alves

Acusado de agressão sexual contra uma mulher, lateral-direito está preso na Espanha

AE

Xavi atuou com Daniel Alves no Barcelona

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Um dia após afirmar que estava "em choque" ao receber a notícia de que Daniel Alves está preso na Espanha após ser denunciado por estupro, o técnico do Barcelona, Xavi Hernández, veio à público se retratar por não ter 'ignorado' a mulher fez a acusação e afirmou que é 'preciso condenar qualquer ato de violência de gênero ou estupro'.

Após o triunfo do Barcelona sobre o Getafe no Campeonato Espanhol, o treinador aproveitou sua coletiva de imprensa para se explicar. O treinador foi duramente criticado por não ter dado mais atenção à situação da vítima e sim focado em falar sobre a denúncia contra seu ex-colega.

"O que eu disse foi mal interpretado ou eu não fui contundente como deveria ter sido, mas é importante que eu me explique. É um tema escabroso e delicado, ontem eu ignorei a vítima, mas quero deixar claro que é preciso condenar qualquer ato de violência de gênero ou estupro, tenha sido feito por Dani (Alves) ou qualquer outro", afirmou Xavi.

O espanhol de 42 anos defendeu as cores do Barcelona ao lado de Daniel Alves entre 2008 e 2015. Ainda foi treinador do brasileiro em sua última passagem pelo clube, na temporada passada.

O caso

A juíza Maria Concepción Canton Martín decretou a prisão do jogador na última sexta-feira. Ele foi detido ao dar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito a fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção. O Pumas, do México, anunciou na última sexta que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube será rompido por justa causa.

A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria colocado a mão entre as roupas íntimas da mulher que fez a queixa. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido.

A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã, que colheu depoimento da vítima. Ela também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.

Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar. No início de Janeiro, o jogador deu entrevista ao programa "Y Ahora Sonsoles", da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma boate que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.

No depoimento, porém, de acordo com os meios de comunicação da Espanha, o atleta afirmou ter tido relações consensuais com a mulher, cujo nome não foi revelado. O suposto crime sexual teria ocorrido num banheiro unissex da área vip da casa noturna.

Segundo o jornal espanhol El Periódico, o brasileiro trancou, agrediu e estuprou a mulher no banheiro da área VIP da boate. Ele nega as acusações. A juíza argumentou na decisão de prender o jogador que existia o risco de fuga, uma vez que o atleta não mora mais na Espanha e tem recursos financeiros para sair do país a qualquer momento. Além disso, a Espanha não tem acordo de extradição com o Brasil.


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