Ygor Coelho fatura medalha de ouro inédita para o Brasil no badminton

Ygor Coelho fatura medalha de ouro inédita para o Brasil no badminton

Atleta de 22 anos bateu o canadense Brian Yang por 2 sets a 0 na final desta sexta

Correio do Povo e R7

Atleta começou no badminton ainda pequeno no projeto social de seu pai no Morro da Chacrinha, na zona oeste do Rio de Janeiro

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Dia histórico para o Brasil numa modalidade que, aos poucos, começa a ganhar reconhecimento no país. O brasileiro Ygor Coelho derrotou o canadense Brian Yang por 2 sets a 0 (21/19 e 21/10) nesta sexta-feira e conquistou a primeira medalha de ouro verde-ameraela na modalidade Jogos Pan-Americanos. O desporto foi incluído na competição nos Jogos de Mar del Plata – Argentina – em 1995. Com a conquista, obtida após perder apenas um set nos cinco jogos em que disputou, o jovem carioca dá também um largo passo rumo aos Jogos Olímpicos, com metade dos pontos necessários para carimbar o passaporte para Tóquio 2020. 

“O que passou pela minha cabeça foi toda minha dificuldade, toda minha história no esporte. Ainda não caiu a ficha. Agarrei muito bem as minhas oportunidades, lutei, fui para fora do país, lesionei esse ano... Conquistar esse ouro foi sensacional! Agradeço toda a estrutura do COB, Alessandra, minha psicóloga, que me deu muitos trabalhos mentais, deixou minha cabeça pronta para essa conquista", declarou.

Natural da cidade do Rio de Janeiro  e melhor colocado do ranking masculino de badminton das Américas, ele figura entre os 60 melhores atletas de badminton do mundo e entrou na Lima 2019 como adversário a ser batido. O atleta de 22 anos, classificou a conquista como a mais importante da carreira. "Me sinto muito honrado e orgulho de poder representar meu país em Jogos Pan-Americanos e poder ganhar uma medalha de ouro", disse. A delegação do país conquistou ainda quatro bronzes: Fabrício e Francielton Farias, nas duplas masculinas; Fabiana Silva/Tamires Santos e Sâmia Lima/Jaqueline Lima, nas duplas femininas; e Jaqueline Lima e Fabrício Farias nas duplas mistas.

Agora, o jovem adicionará a medalha dourada dos Jogos Pan-Americanos ao currículo que já conta com o bicampeonato do Campeonato Pan-Americano (2017 e 2018) e tem três ouros conquistados nos Jogos Sul-americanos de Cochabamba 2018 (simples, dupla masculina e equipe). Inscrito somente para participar da competição individual em Lima, eke avançou à semifinal após vencer as três primeiras partidas disputas por 2 sets a 0. As vítimas foram o salvadorenho Uriel Canjura (21/19 e 21/ 11), cubano Leodannis Martínez (21/15 e 22/20) e o norte-americano Timothy Lam (21/16 e 21/6).

Na semifinal contra o canadense Jason Ho-Shue, o brasileiro enfrentou dificuldades pela primeira vez no Pan. Ygor perdeu o primeiro set por 22 a 20 e devolveu o mesmo placar na segunda parcial. No set decisivo da disputa, atropelou por 21 a 8 e avançou para encarar o também canadense Brian Yang.

Final

Na decisão, o brasileiro começou melhor e anotou os dois primeiros pontos da disputa. O canadense igualou as forças logo na sequência e empatou a final em 5 a 5. Ygor voltou a abrir dois pontos, mas foi buscado e viu o canadense assumir a liderança pela primeira vez com o placar de 8 a 7. Ygor não se abalou ao ser ultrapassado, voltou a liderar o duelo em seguida e chegou a abrir quatro pontos na frente de Yang. Mesmo com a vantagem obtida, o canadense voltou a dificultar e igualou o confronto em 19 a 19, forçando o carioca a marcar dois pontos seguidos, fechar o set em 21 a 19 e dar o primeiro passo rumo ao ouro inédito.

Com a vitória no primeiro set, Ygor ganhou confiança e abriu três pontos de vantagem logo nos primeiros pontos da parcial seguinte e tinham o dobro da pontuação do adversário quando o placar mostrava 8 a 4. A partir de então, coube manter a vantagem conquistada, fechar o set decisivo por 21 a 10 e se sagrar campeão. "No final, ele sentiu a pressão do torneio e eu acabei levando", avaliou o brasileiro.

A delegação enviada a Lima é composta por oito atletas vindos de projetos sociais, a metade deles nascidos no Piauí. As conquistas confirmam a evolução do esporte no ambiente nacional. Nos jogos do Rio de Janeiro (2007) e de Guadalajara (2011), a equipe brasileira faturou apenas uma medalha de bronze. Quatro anos mais tarde, o Brasil deixou Toronto com as medalhas de pratas nas duplas masculina e feminina e um bronze nas duplas mistas.


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