Fastback, o competitivo SUV cupê da Fiat

Fastback, o competitivo SUV cupê da Fiat

Veículo é uma tentativa da montadora de “subir a barra” da marca no Brasil, onde sempre foi associada a acessibilidade

Renato Rossi

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O Fiat Fastback é mais uma tentativa da marca italiana em “subir a barra” da marca no mercado brasileiro, onde sempre esteve associada a acessibilidade, para uma maioria de consumidores. A Fiat quanto tentou se elitizar, se deu mal, com carros que não caíram no gosto do brasileiro. Como o Marea, Freemont ou Linea. Todos tinham perfomance mediana. Em outubro de 2022, a Fiat lançou o Fastback cujo design segue na direção dos SUVs cupês de marcas alemãs, principalmente, do BMW X4. São veículos caros, com design indeciso entre SUV e cupê e não são necessariamente bonitos. O designer alemão da Fiat, Peter Fassbender, foi por este caminho ao desenhar o Fastback. Mas como fez sua formação na Itália, terra dos “belos e poderosos”, não levou para o Fastback o “peso formal” excessivo dos SUVs cupês alemães.

O Fastback é o maior Fiat no Brasil e mundo, com seus 4.53 metros de comprimento. O destaque a primeira vista é a frente bela e poderosa. A linha lateral vai longe e termina na traseira “comprida”. Cuja função é transportar a “família brasileira”, que adora “viajar junta”: no porta-malas cabem 516 litros. É um porta-malas enorme, que influencia na estética da traseira que parece um tanto quanto exagerada.

O Fastback cresceu por fora, mas mantém o mesmo entre-eixos do Pulse, com 2,53m e a mesma plataforma MLA. Visto de lado ou pela traseira, o Fastback parece conter uma elevação excessiva em relação ao solo, para um veículo com uma dose de esportividade no design. O Pulse, aliás, parece mais equilibrado no design. Isto não significa que o Fastback seja um veículo destituído de “atração física”. O “Fast” apenas exige um pouco mais de tempo para que o olhar se acostume ao “exotismo estético”.

No teste rápido, de uma tarde, com 150 quilômetros rodados, com 70% nas retas da BR 101, surgiu uma consistente performance. Há segura e precisa dirigibilidade e o Fastback é leve e ágil em trânsito urbano e veloz na rodovia, graças a boa relação de peso potência. Afinal os 185 hps do motor 1,3 turbo traciona “apenas” 1.304 kg. Isto evidencia que a engenharia da Fiat submeteu o Fastback ao regime de “emagrecimento” no uso de aço de alta densidade na estrutura do veículo. Na rodovia, mostrou a tradicional estabilidade direcional dos modelos da Fiat e Jeep. E um bom nível de estabilidade lateral na carroceria, que não oscila demasiado nas curvas.

A ressalva vem na exiguidade do interior, devido ao curto entre-eixos de 2,53m. Não oprime os ocupantes, mas também não “sobra espaço”. A Fiat sempre capricha no acabamento interno e não é diferente neste modelo, que insere acabamentos em plástico com texturas “trabalhadas” e agradáveis aos sentidos. Há uma tela de 10 polegadas no centro do painel e de 7 polegadas no cluster do motorista.

Os bancos em couro do Fastback têm ótima ergonomia, complementada pelo ajuste de altura e profundidade do volante. São 40 itens de conforto. No quesito segurança, há assistente de linha reta, câmera de alta definição na traseira e ainda o sistema protetivo ADAS. Com frenagem autônoma de emergência, alerta de mudança involuntária de faixa, comutação automática de farol alto e controle eletrônico de aceleração, entre outras funções. O Fastback é um produto competitivo.

LINHA DE CHEGADA

Volkswagen lança ‘sala de fuga’ para ambientar funcionários

Para a Volkswagen, a eletrificação é um jogo de grandes números: a montadora investiu 90 bilhões de euros ate 2026 para a produção dos “ID”, a linha elétrica da marca, que tem sete modelos. Enquanto isso, subsidia sua produção elétrica na venda de veículos a combustão na Europa e mundo. Não há nenhuma sinalização da Volkswagen de que, em um espaço curto de tempo, produzirá veículos elétricos ou híbridos para o mercado brasileiro. A Volkswagen sabe que, em um país de limitado poder aquisitivo, sem uma política de eletromobilidade, o carro elétrico será um exotismo por muitos anos à frente. 

O grupo Volkswagen iniciou o treinamento de 22 mil empregados em diversos níveis que serão integrados ao projeto elétrico. É lógico que a mudança da combustão para a eletrificação gera angústia nos funcionários que temem perder seus empregos, já que o carro elétrico tem 50% menos componentes em relação aos carros a combustão.

Nesta semana, a Volkswagen instituiu na unidade industrial de Wolfsburg a “sala de fuga” (escape room). Um ambiente em que os funcionários através da virtualidade em jogos interativos, desafios sensoriais e intelectuais, se acostumam ao ambiente “elétrico”. Segundo o Diretor mundial de Recursos Humanos da empresa, Gunnar Killian, os funcionários realizam uma imersão em um futuro não mais relacionado ao motor a combustão, mas a “mobilidade elétrica”.

“Para a maioria de nosso corpo funcional, a eletricidade é algo novo, com o qual não tiveram contato anteriormente. Mas devem entender que o motor a combustão não estará mais nas linhas de montagem até 2035. Devem se inserir e se sentir à vontade em um ambiente de alta voltagem”, salientou Gunnar Killian. Já foram treinados 1,5 mil funcionários e integrados imediatamente a produção do crossover elétrico ID.3, que será lançado na Europa e no mundo no primeiro trimestre de 2024. “Até 2026, teremos, no mínimo, 25 modelos elétricos”, concluiu.


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