França aposta em fôlego no meio e velocidade no ataque contra Bélgica
Equipe terminou três dos cinco jogos sem sofrer gols
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Lloris, decisivo
Ele não atrai os holofotes como seus companheiros de equipe, mas Hugo Lloris, capitão dos Bleus, pode ser tão decisivo quanto os atacantes. Foi o que fez contra o Uruguai nas quartas de final, quando salvou a partida defendendo uma cabeçada de Martín Cáceres, no que teria sido o gol de empate. O goleiro do Tottenham está sua melhor fase e aos 31 anos se confirma como um dos melhores do mundo em sua posição.
Um muro no centro e laterais ofensivos
Em cinco jogos disputados nesta Copa do Mundo, a França terminou três deles sem levar gol, provando que tem uma das melhores defesas do campeonato. Com o posicionamento e potência no jogo aéreo de Raphael Varane e a velocidade e antecipação de Samuel Umtiti, ambos foram uma defesa quase intransponível no centro. Nas laterais, Deschamps surpreendeu colocando os jovens Benjamin Pavard e Lucas Hernandez como titulares, mas eles têm respondido com grandes apresentações, indo constantemente ao ataque, como mostraram contra a Argentina nas oitavas, onde o primeiro marcou um gol e o segundo deu duas assistências (4-3).
'Quinze pulmões'
O meio-campista N'Golo Kanté se revelou como uma peça insubstituível. "Com ele jogamos com 12 (jogadores). Corre por toda parte, tem 15 pulmões!", ressalta seu companheiro Olivier Giroud. "Quando está no auge, tem 95% de chance de vencer", diz o belga Eden Hazard sobre o pequeno jogador do Chelsea (1,68 m). A onipresença de Kanté é complementada pelo poder físico e técnica de Paul Pogba e pela entrega de Blaise Matuidi.
Dois astros e um lutador
No ataque francês, o jovem Kylian Mbappé se revelou, aos seus 19 anos, uma das grandes estrelas do campeonato, graças sobretudo a sua atuação de gala contra a Argentina. Griezmann também se destaca, mas num papel diferente do habitual, jogando mais atrás e cadenciando a velocidade do jogo. Olivier Giroud é o 'patinho feio'. Não tem a qualidade de seus companheiros, mas sua luta constante por todas as bolas e sua capacidade de abrir espaços são notáveis. "É fundamental para o equilíbrio da equipe e mesmo sem marcar não tem problema, seu trabalho permite que os outros brilhem", destaca Deschamps.