Índia proíbe 59 aplicativos chineses, incluindo TikTok e WeChat, por "segurança"
Medida foi tomada após ministério receber várias denúncias de supostos roubos de dados e violações de regras relativas à privacidade
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A Índia proibiu nesta segunda-feira 59 aplicativos chineses, incluindo TikTok e WeChat, citando preocupações sobre sua segurança nacional e sobre o respeito à privacidade. O anúncio é divulgado algumas semanas após o confronto entre militares das duas potências na fronteira himalaia.
"O governo indiano decidiu não autorizar o uso de determinados aplicativos... Essa decisão busca garantir a segurança e a soberania do ciberespaço indiano", afirmou o Ministério de Tecnologia da Informação em comunicado. Esses aplicativos "realizam atividades que [...] prejudicam a soberania e a integridade da Índia, a defesa da Índia, a segurança do Estado e a ordem pública", explicou.
Segundo o comunicado, essa medida foi tomada depois que o ministério recebeu várias denúncias de supostos roubos de dados e violações das regras relativas ao respeito à privacidade. Não foi divulgada a data na qual a proibição entraria em vigor.
As relações entre os dois países mais populosos do mundo estão tensas desde a morte de 20 soldados indianos em meados de junho, em combates corpo a corpo com soldados chineses na região de fronteira, onde uma guerra eclodiu em 1962. Nova Déli acusou a China de invadir seu território, o que Pequim nega.
Milhares de soldados estão em alerta nos dois lados, mesmo que ambos afirmem que estão tentando resolver o conflito através do diálogo. A morte de soldados indianos provocou uma onda de indignação no país e pedidos de bloqueio às empresas chinesas.
Os celulares chineses representam 65% do mercado indiano, e aplicativos de vídeo como o TikTok e o Helo são muito populares entre os jovens. O número de usuários do TikTok na Índia é de cerca de 120 milhões, o maior mercado internacional do aplicativo. Outras plataformas proibidas incluem Weibo (o equivalente chinês do Twitter) e o jogo Clash of Kings.