Anatel investiga se operadoras de celular sabiam de monitoramento por software espião; entenda

Anatel investiga se operadoras de celular sabiam de monitoramento por software espião; entenda

Software First Mile consegue monitorar cerca de 10 mil celulares por até 12 meses

Correio do Povo

Programa espiona celulares

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A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) investiga se operadoras de telefonia sabiam do possível monitoramento ilegal de cidadãos por meio de software espião da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), segundo informações do site R7. “A Agência informa ter requerido informações à Polícia Federal que possam contribuir para a continuidade das apurações”, ressaltou.

O software First Mile consegue monitorar cerca de 10 mil celulares por até 12 meses e pode ser usado desde a justiça tenha autorizado. De acordo com os investigadores da PF, foi instalada uma "Abin paralela" no governo passado que tinha como objetivo monitorar pessoas consideradas adversárias de Bolsonaro e atuar por interesses políticos e pessoais do ex-presidente e de seus filhos.

Em outubro do ano passado, durante a deflagração da Operação Última Milha, foi identificado que a Abin realizou 33 mil monitoramentos ilegais. Dos usos, 1,8 mil foram destinados à espionagem de políticos, jornalistas, advogados, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e adversários do governo do ex-chefe do Executivo.

No contexto das investigações, o nº2 da Abin, Alessandro Moretti, que tem conexões com o ex-preisdente Jair Bolsonaro, foi exonerado do cargo. Ele foi substituído por Marco Cepik. Em declaração nessa quarta-feira, o novo diretor-adjunto da agência afirmou que todas as descobertas feitas pela PF apontam que havia uma "Abin paralela" na gestão Bolsonaro.

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No último dia 25, a PF cumpriu 21 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a suspeitos de aparelhar a Abin para espionar ilegalmente opositores do governo Bolsonaro. Um dos alvos foi o ex-diretor da Abin, deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que comandou a agência entre 2019 e 2022 e é pré-candidato à Prefeitura do Rio com o apoio de Bolsonaro. Na segunda-feira, 29, uma nova fase da operação fez buscas na residência do vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho "02" do ex-presidente.


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