Apple admite que desacelera modelos antigos do iPhone

Apple admite que desacelera modelos antigos do iPhone

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Foto: Jean-Sebastien Evrard / AFP / CP


A Apple admitiu que retarda intencionalmente o desempenho dos modelos mais antigos de iPhone para proteger os aparelhos, uma confissão que alimenta o debate sobre a obsolescência programada dos dispositivos eletrônicos. Após as recentes queixas de vários usuários, que afirmam que seu iPhone fica cada vez mais lento, e alguns testes realizados pela imprensa especializada, a empresa admitiu que desacelerava voluntariamente as capacidades do telefone. A justificativa seria "prolongar sua vida" dos dispositivos.

"As baterias de íon de lítio são cada vez menos capazes de responder aos picos de atividade (quando o usuário usa muito seu telefone, por exemplo), ao frio, quando a bateria está fraca ou porque envelhece, o que pode implicar a extinção imprevista do aparelho, destinado a proteger seus componentes eletrônicos", em particular o microprocessador, explica a empresa americana que a cada ano lança um novo modelo de iPhone, seu carro-chefe.

Este tipo de bateria equipa a maioria dos aparelhos eletrônicos do mercado, não apenas o iPhone. "No ano passado, lançamos uma funcionalidade para o iPhone 6, o iPhone 6S e o iPhone SE destinada a suavizar esses picos somente quando é necessário, de forma que se possa evitar que (o telefone) desligue repentinamente", indicou a companhia

Esta funcionalidade, que se traduz na lentidão do smartphone em alguns momentos, se estendeu também ao iPhone 7 e funciona na última versão do sistema operativo iOS 11.2, acrescenta o grupo. Uma solução possível para o usuário é trocar a bateria. A Apple faz isso gratuitamente se o aparelho está no período de garantia, mas cobra 79 dólares após esse período, segundo seu site.

A Apple confirma assim os rumores sobre possíveis desacelerações voluntárias dos iPhone, recorrentes há anos na imprensa especializada e em vários sites dedicados à empresa. Muitos usuários acreditam que o objetivo desta característica é impulsar os consumidores a comprarem o último modelo, uma prática conhecida como obsolescência programada.


Fonte: AFP

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