China acusa Estados Unidos de querer "eliminar" Huawei após advertência ao Brasil

China acusa Estados Unidos de querer "eliminar" Huawei após advertência ao Brasil

Embaixador estadunidense afirmou que "consequências" da liberação da marca chinesa poderiam ser de ordem econômica

AFP

Segundo China, EUA promovem discriminação contra a a Huawei

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A China acusou o governo dos Estados Unidos nesta quinta-feira de buscar eliminar a Huawei "por todos os meios", após uma advertência americana ao Brasil sobre a possibilidade de permitir que o grupo chinês de telecomunicações forneça equipamentos de tecnologia 5G ao país. "Os Estados Unidos estão muito apegados à equanimidade e à reciprocidade", disse o porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin.

"Mas, de fato, quando as empresas de outros países se tornam dominantes, a classe política americana inventa desculpas e utiliza o poder do Estado para eliminá-las por todos os meios", completou Wang.

A Huawei é considerada a líder mundial do 5G, uma nova norma de tecnologia móvel que revolucionará a Internet e que deve ter sua instalação acelerada. Por suspeitar de que o grupo atua em conivência com o governo de Pequim, e alegando riscos em termos de segurança cibernética, o governo de Donald Trump está aumentado a pressão sobre os aliados para que proíbam equipamentos da Huawei.

Em uma entrevista publicada na quarta-feira no jornal "O Globo", o embaixador americano no Brasil, Todd Chapman, ameaçou com "consequências", caso o país permita ao grupo chinês implantar sua tecnologia 5G em seu território. Brasília pretendia lançar a licitação para o 5G este ano, com um enorme mercado de 212 milhões de habitantes, mas a crise da COVID-19 adiou o calendário para 2021.

As "consequências" poderiam ser de ordem econômica, afirmou o embaixador americano. O Reino Unido anunciou em meados de julho a decisão de eliminar de sua rede 5G todos os equipamentos produzidos pela Huawei, alegando riscos de segurança.


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