Cibersegurança: como hackers atuam para roubar dados e invadir sistemas

Cibersegurança: como hackers atuam para roubar dados e invadir sistemas

Para gerente da Cirion Technologies, Yuri Mench, criminosos se aproveitam da preocupação e da ganância das pessoas

Lucas Eliel, de São Paulo

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A cibersegurança é um dos temas mais em pauta hoje no ramo da tecnologia. Com os constantes avanços do ambiente digital, aumentam também as preocupações de como as pessoas, empresas e ogranizações governamentais podem se proteger no universo on-line. 

Para entender a magnitude dos ataques cibernéticos, é possível citar dados oficiais do governo. De acordo com estatísticas do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, no ano passado foram registrados quase 5 mil incidentes cibernéticos sofridos pelo Planalto. O recorde ocorreu em 2019: foram 10.716 ocorrências naquele ano.

Para o gerente da Cirion Technologies, Yuri Mench, que participa do Futurecom no São Paulo Expo, em São Paulo, e concedeu entrevista à reportagem do Correio do Povo, os criminosos focam em duas emoções centrais das pessoas: preocupação e ganância. "É muito comum que os hackers mandem e-mails para os usuários dizendo que eles têm alguma dívida urgente para pagar. Ao clicar nestas mensagens, o público acaba fornecendo os seus dados e problemas podem ocorrer a partir disto", afirma. "Outra artimanha bastante usada é alguma mensagem com um link informando sobre alguma promoção muito atraente ou da entrega de algum prêmio em dinheiro", acrescenta. 

Conforme Mench, os hackers ao investirem nas ofensivas contra as empresas ou instituições governamentais, trabalham diversas vezes com o sequestro de dados. "Frequentemente nós conseguimos observar esta estratégia. Eles invadem os sistemas das companhias e pegam informações dos colaboradores e o banco de dados das instituições. Em seguida, pedem dinheiro em troca para a normalização da situação", analisa. 

De acordo com o especialista, a pandemia de Covid-19 impactou diretamente na quantidade dos ataques cibernéticos, pois em razão do cenário de saúde em relação à doença, as empresas acabam focando bastante em formas de se comunicar e trabalhar digitalmente. "Outra coisa que também impulsiona os hackers é o fato das pessoas cada vez mais acessarem serviços on-line dentro e fora das instituições", afirma. 


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