Google retira de sua loja app usado por extremistas de direita nos EUA

Google retira de sua loja app usado por extremistas de direita nos EUA

Rede social Parler se tornou um refúgio para personalidades de extrema direita que se dizem censuradas por outras plataformas

AFP

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O Google anunciou na sexta-feira a remoção do aplicativo Parler de sua loja online por permitir "conteúdo extremista" que poderia incitar a violência como a vista esta semana no Capitólio dos Estados Unidos. A rede social Parler se tornou um refúgio para personalidades de extrema direita que afirmam ter sido censuradas por outras plataformas.

"Estamos cientes das postagens no aplicativo Parler que buscam incitar a violência em curso nos Estados Unidos", declarou o Google em resposta a uma pergunta da AFP. "Para distribuir um aplicativo no Google Play, exigimos que os aplicativos implementem um controle robusto contra conteúdo extremista", acrescentou a empresa, referindo-se à sua loja de aplicativos para dispositivos móveis com sistema operacional Android.

Seguidores do presidente Donald Trump e de sua tese de fraude eleitoral nas eleições presidenciais migraram para redes sociais alternativas que não filtram suas declarações infundadas. Essa ação favoreceu algumas plataformas como Parler, Newsmax e Rumble, que rejeitam a abordagem de gigantes como Facebook e Twitter de marcar e limitar o alcance de teorias da conspiração.

Facebook e Twitter suspenderam as contas de Trump na sexta-feira, citando temores de mais incitação à violência, como as vistas na sede do Congresso americano na quarta-feira. "Tendo em vista a contínua ameaça à segurança pública, estamos suspendendo o aplicativo da Play Store até que o mesmo resolva esses problemas", esclareceu o Google sobre o Parler.

De acordo veículos de imprensa, a Apple alertou Parler que seu app poderia ser removido de sua App Store se não tomasse medidas para evitar que seus usuários planejem atividades violentas em sua plataforma.

Parler e outros sites semelhantes têm sido palco de declarações racistas e antissemitas e atraem grupos que foram banidos de outras plataformas por postagens de ódio ou de promoção à violência.

 


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