Hackers apagam quase 100 mil documentos do sistema da Polícia Rodoviária Federal

Hackers apagam quase 100 mil documentos do sistema da Polícia Rodoviária Federal

Equipes de tecnologia notaram a perda de informações importantes quando tentaram restaurar os sistemas atacados

R7

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Um ataque cibernético contra a Polícia Rodoviária Federal (PRF) levou à perda de 97,9 mil documentos que estavam no sistema eletrônico da corporação. A descoberta ocorreu durante a análise de danos relacionados à investida criminosa, que mirou também outros órgãos de governo, como o Ministério da Saúde e a Polícia Federal e ocorreu no último dia 10. As informações foram obtidas com exclusividade pelo R7 junto a fontes ligadas às investigações.

As equipes de tecnologia conseguiram restabelecer nesta terça-feira o Sistema Eletrônico de Informações (SEI), que é usado para checar informações de condutores, veículos e de integrantes do órgão.

A Polícia Federal também teve seus dados afetados pelos hackers. As investigações para chegar até os autores envolvem integrantes da própria PF e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

A suspeita é de que um servidor, ou mais de um, com acesso privilegiado aos sistemas do governo tenha executado ou colaborado com os ataques. Investigações preliminares identificaram acessos autorizados nos sistemas que foram danificados, o que pode significar que o invasor tinha credenciais de acesso. Os dados excluídos da PRF envolvem dados de condutores, veículos e de policiais.

O SEI é utilizado tanto pela PRF quanto pela PF e os bancos de dados são contratados de empresas privadas. Pelo menos duas companhias foram alvo dos ataques. O método teria sido um ataque de ransomware, quando o sistema é invadido e informações são roubadas, para posteriormente ser solicitado resgate em criptomoedas. 

Em nota, a PRF confirmou que um "incidente de segurança" ocorreu em uma de suas bases de dados e informou, que desde que o incidente foi identificado, a ação foi bloqueada. A corporação sustenta que não identificou vazamento de dados. A Polícia Federal afirmou que não comenta investigações em andamento.


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