Inteligência artificial potencializa golpistas, alertam especialistas em cibersegurança

Além dos benefícios, a inteligência artificial (IA) também traz maiores atributos para quem busca aplicar golpes através da tecnologia. Responsáveis por tratar do tema da cibersegurança e suas tendências para o próximo ano na Futurecom 2023, os membros do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), Jéferson Nobre e Marcos Simplicio, alertam para os impactos negativos que esta vertente tecnológica pode trazer nos tempos atuais. 

"A IA potencializa os golpistas", resume Jéferson Nobre, que é professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). "Cada vez mais existem informações que estão disponíveis. Elas podem ser coletadas para os golpes serem mais efetivos", acrescenta. Nobre explica que as fragilidades humanas vêm sendo exploradas por quem aplica golpes. A IA funciona como uma facilitadora neste processo. 

Para Marcos Simplicio, que é professor da Universidade de São Paulo (USP), a IA hoje está rumando para um sistema de maior automação e facilidade que pode ser prejudicial. "A IA não é infalível. O envolvimento humano neste processo é importante em vários momentos". Simplicio cita mecanismos como deepfake ou emuladores de voz como ferramentas que ampliam a capacidade dos “atacantes”. 

Nobre e Simplicio participam do talk show promovido pelo IEEE na Futurecom 2023 nesta terça-feira. Dedicado a debater as tendência para tecnologia em 2024, o evento acontece no auditório FutureCongress, às 10h30min.