Justiça francesa confirma ordem que exige que Amazon avalie riscos da epidemia

Justiça francesa confirma ordem que exige que Amazon avalie riscos da epidemia

Gigante da logística anunciou que prolongaria até a próxima terça o "fechamento temporário" de seus centros de distribuição no país

AFP

Empresa afirmou que pediria aos seus colaboradores para "permanecer em casa até 28 de abril"

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A Justiça francesa confirmou nesta sexta-feira em apelação a ordem de 14 de abril que exigia a Amazon francesa realizar uma avaliação de riscos profissionais vinculados à pandemia da Covid-19, ainda que tenha suavizado as condições, segundo comunicado.

A gigante da logística anunciou pouco depois que prolongaria até a próxima terça o "fechamento temporário" de seus centros de distribuição no país, e que pediria aos seus colaboradores para "permanecer em casa até 28 de abril", mantendo os seus salários.

O tribunal de apelações de Versalhes, próximo a Paris, tinha aumentado a lista dos produtos que a Amazon pode seguir entregando enquanto espera essa avaliação, e limitou a multa a € 100.000 por infração, em vez de € 1 milhão. A Amazon tinha apelado a uma decisão do tribunal judicial de Nanterre, assim como na região parisiense, que lhe ordenou a limitar sua atividade à entrega de produtos de saúde e alimentares, sob pena de multa de € 1 milhão por infração.

Em sua decisão nesta sexta, o tribunal de apelação confirma essa ordem, mas reduz a restrição de atividades. A corte deu à Amazon um prazo de 48 horas para limitar suas vendas de produtos de tecnologia, informática, escritório, produtos para animais, saúde, cuidados corporais, produtos para o homem, nutrição, farmacêuticos, alimentos, bebidas e limpeza, indicou o tribunal. Passado o prazo, cada infração seria penalizada com € 100.000 durante a duração máxima de um mês.

O Sud, primeiro sindicato da Amazon francesa que processou à empresa ao pedir um estudo completo sobre os perigos laborais em plena pandemia, ressaltou no Twitter que "o tribunal confirma a ordem dada no último 14 de abril". As instâncias de direção da empresa, sindicatos do grupo e os seis depósitos serão "consultados e associados à avaliação dos riscos".


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