Libra, moeda do Facebook, ampliará liderança dos EUA, diz Zuckerberg

Libra, moeda do Facebook, ampliará liderança dos EUA, diz Zuckerberg

CEO deve defender criação da criptomoeda diante de um comitê do Congresso nesta quarta-feira

AFP

CEO deve defender criação da criptomoeda diante de um comitê do Congresso nesta quarta-feira

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Libra, a criptomoeda que o Facebook projeta lançar, "estenderá a liderança financeira dos Estados Unidos" no mundo, disse o CEO da rede social Mark Zuckerberg em um texto divulgado nesta terça-feira. Em uma prévia do que dirá na quarta-feira diante de um comitê do Congresso que lhe convocou, Zuckerberg descreveu a Libra como uma importante inovação financeira.

"Enquanto discutimos esses temas, o resto do mundo não espera. A China está se movendo rapidamente para lançar ideias similares nos próximos meses", disse no discurso preparado para o Congresso. "A Libra estará amplamente respaldada por dólares e acho que poderá estender a liderança financeira dos Estados Unidos, assim como nossos valores democráticos e supervisão no mundo. Se os Estados Unidos não inovarem, nossa liderança financeira não está garantida", segundo Zuckerberg.

O projeto Libra desperta preocupação no mundo todo. O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, disse nesta terça que o lançamento dessa criptomoeda pode ser "prematuro" e que antes algumas questões devem ser resolvidas - como medidas de proteção contra a lavagem de dinheiro e outras atividades ilícitas.

Na semana passada, o ministro de Finanças da França, Bruno Le Maire, disse que seu governo, bem como os da Itália e da Alemanha daria passos que não especificou "para mostrar claramente que a Libra não é bem-vinda na Europa". Já o Grupo dos 20 alertou para os riscos de lavagem o dinheiro mediante a nova criptomoeda e o Grupo dos 7 disse que a Libra não deveria circular "antes de os desafios e riscos legais, regulatórios e de supervisão serem resolvidos adequadamente".

Zuckerberg admitiu que os problemas que Facebook teve com a privacidade dos usuários e a proteção de seus dados podem levar a concluir que "agora não somos o mensageiro ideal". Acrescentou, contudo, que o plano pode ser benéfico para muitas pessoas - especialmente as excluídas do sistema bancário.

Ele apontou que a Libra não será controlada pelo Facebook, mas administrada por um corpo independente que incluirá empresas e organizações sem fins de lucrativos


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