Meta demite cerca de 11 mil funcionários, diz Zuckerberg

Meta demite cerca de 11 mil funcionários, diz Zuckerberg

Montante equivale a 13% dos colaboradores do conglomerado de tecnologia

AE e AFP

Zuckerberg apresentou o Facebook Home

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A Meta Platforms, conglomerado de tecnologia dono do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou nesta quarta-feira a decisão de demitir 13% de seus funcionários, em carta do CEO Mark Zuckerberg. Cerca de 11 mil "funcionários talentosos" serão demitidos, disse ele.

A Meta também decidiu cortar gastos discricionários e estender o congelamento de contratações ao longo de todo o primeiro trimestre de 2023, decisões que tornarão a empresa "mais eficiente", de acordo com Zuckerberg. O CEO ponderou que as decisões ocorrem após uma receita bem abaixo do que ele esperava no terceiro trimestre deste ano. No período, o lucro líquido da big tech caiu abaixo da metade em comparação com o mesmo trimestre do ano passado, enquanto a receita reduziu 4%.

"No início da pandemia de Covid-19, o mundo mudou rapidamente para o on-line e o aumento do comércio eletrônico levou a um crescimento desproporcional da receita. Muitas pessoas previram que essa seria uma aceleração permanente que continuaria mesmo após o término da pandemia. Eu também, então tomei a decisão de aumentar significativamente nossos investimentos. Infelizmente, isso não aconteceu do jeito que eu esperava", admite Zuckerberg.

As demissões e outras medidas de contenção de gastos agradaram investidores, e a ação da companhia subia 3,88% no pré-mercado das bolsas de Nova York, às 08h31min (de Brasília). Em 30 de setembro, a Meta possuía 87 mil funcionários em todo o mundo.

Demissões em massa no setor da tecnologia

Nos Estados Unidos, os funcionários demitidos receberão 16 semanas de salário-base e mais duas semanas de pagamento para cada ano de serviço. A empresa cobrirá plano de saúde por seis meses e também prometeu ajudar os funcionários não americanos com seus procedimentos de visto de trabalho.

As demissões na Meta fazem parte de um contexto mais amplo de demissões em massa no setor, diante sobretudo da queda de suas rendas com publicidade, que sustentam muitas empresas de tecnologia. No final de agosto, a Snap, empresa controladora do aplicativo Snapchat, cortou cerca de 20% de sua equipe, o equivalente a mais de 1,2 mil funcionários.

Na semana passada, duas empresas do Vale do Silício - Stripe (pagamentos on-line) e Lyft (reservas de carros com motorista) - relataram demissões em massa, enquanto a Amazon congelou as contratações em seus escritórios. Recém-comprado por Elon Musk, o Twitter acaba de demitir cerca de metade de seus 7,5 mil funcionários.

Em Wall Street, onde o anúncio da Meta foi amplamente antecipado, as ações do grupo subiram pouco mais de 4% nas negociações eletrônicas antes da abertura. "Este é um momento triste, e não há como contornar isso", escreveu Zuckerberg. "Para aqueles que estão saindo, quero agradecer mais uma vez por todas as suas contribuições", acrescentou

 


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