Missão espacial não tripulada da Índia entra em órbita lunar

Missão espacial não tripulada da Índia entra em órbita lunar

Programa prevê que Chandrayaan-3 pouse perto do polo sul do satélite terrestre

AFP

"A Lua é o campo de provas", afirmou Jim Bridenstine

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Uma missão espacial não tripulada da Índia entrou em órbita lunar neste sábado (5), quatro anos depois de uma primeira tentativa mal-sucedida de alunissagem, anunciou a Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO).

"Chandrayaan-3 entrou com sucesso na órbita lunar", afirmou o órgão no Facebook.

O programa prevê que Chandrayaan-3 pouse perto do polo sul do satélite terrestre entre 23 e 24 de agosto.

Se for bem-sucedido, o país mais populoso do mundo entrará para um clube restrito de nações que concretizaram um pouso controlado na Lua: Rússia, Estados Unidos e China.

Há quatro anos, a última tentativa do programa Chandrayaan foi um fracasso, quando as equipes na Terra perderam contato com a nave pouco antes de sua chegada à Lua.

"Chandrayaan-3 inclui um módulo de aterrissagem chamado Vikram, que significa "valor" em sânscrito, e um veículo batizado de Pragyan, a palavra sânscrita para "sabedoria".

A missão, com um custo de 74,6 milhões de dólares (R$ 362 milhões), confirma a ambição e o rápido desenvolvimento do programa espacial indiano, que lançou uma sonda em órbita lunar em 2008.

Em 2014, a Índia se tornou o primeiro país asiático a colocar um satélite em órbita ao redor de Marte e três anos depois lançou 104 satélites em uma única missão.

Para o próximo ano, o país de mais de 1,4 bilhão de habitantes ambiciona uma missão tripulada de três dias em órbita ao redor da Terra.

A Índia também tenta aumentar sua participação, atualmente de 2%, no mercado espacial comercial no mundo, por ter custos muito menores que seus concorrentes.


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