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Verão

Especial

Musk leva conselheiros da Tesla ao Twitter enquanto traça estratégia de demissões

Magnata planeja cortes de pessoal que podem atingir até 75%

| Foto: Frederic J. Brown / AFP / CP

O magnata Elon Musk, único proprietário da rede social Twitter desde quinta-feira passada, desembarcou na empresa com dezenas de assessores de suas outras empresas, principalmente da Tesla (fabricante de carros elétricos), enquanto traçava uma estratégia de demissão e estudava mudanças para poder monetizar o uso do aplicativo.

De acordo com vários relatos da mídia hoje com fontes dentro da empresa, Musk trouxe 50 funcionários da Tesla - principalmente engenheiros de software - além de alguns perfis específicos da Boring (empresa de túneis subterrâneos) e da SpaceX para reconfigurar as funcionalidades do Twitter.

Os planos para rentabilizar a empresa podem não ser tão rápidos como Musk pretende: o Financial Times aponta hoje que os bancos que emprestaram a Musk 12,7 bilhões de dólares para conseguir financiar a compra do Twitter (que lhe custou 44 bilhões) já têm com reagendamento a dívida até o início do próximo ano ou até mais tarde.

Entre esses bancos estão Morgan Stanley, Bank of America e Barclays, que esperam que Musk apresente um plano de negócios claro para medir a lucratividade de uma empresa que nos últimos dez anos viveu oito no vermelho. Conforme relatado nessa segunda-feira pelo The Verge e confirmado hoje pelo New York Times, um dos planos específicos que Musk levanta é cobrar US$ 19,99 por uma "conta verificada" - algo que agora pode ser obtido gratuitamente e se traduz em um pequeno ícone azul -, supostamente obrigando o demandante a ser assinante do Twitter Blue, o serviço premium que até agora não respondeu à demanda esperada.

O plano levantou uma onda de críticas na mesma rede social, com perfis notórios como Stephen King, um dos autores mais lidos nos Estados Unidos e no mundo, twittando ontem à noite: “Vinte dólares por mês para ter uma verificação. Foda-se, eles deveriam me pagar", ameaçando sair do grid. King foi respondido pouco depois pelo próprio Musk - confirmando indiretamente seus planos -: "Temos que pagar as contas de alguma forma! O Twitter não pode depender apenas de anunciantes. O que você acha de $ 8?". 

Atmosfera de medo

Dentro da empresa, a mídia faz alusão ao clima de desconfiança que se respira diante da certeza de que Musk planeja cortes de pessoal, em proporções que variam de 50 a 75%, segundo diferentes fontes.O empresário chegou à sede do Twitter em San Francisco na última quinta-feira - em uma imagem já famosa em que carregava uma pia - acompanhado de várias pessoas em quem confiava, incluindo vários nomes: seu advogado pessoal Alex Sapiro, o investidor em tecnologia Jason Calacanis e o chefe da empresa familiar Musk Jared Birchall.

O próprio Musk e seus assessores começaram a questionar funcionários no Twitter para explicar como funcionam os algoritmos ou controle de conteúdo, além de perguntarem funcionam as equipes de trabalho e as funções de cada uma. "A ameaça de demissão trava se você não conseguir impressioná-los", diz uma fonte citada pela CNBC.

Esse mesmo canal se pergunta como engenheiros automotivos elétricos especializados podem contribuir para melhorar o Twitter quando são duas atividades não relacionadas e quando a rede social é afetada por legislação sobre conteúdo que muda de país para país.

EFE