OpenAI demite CEO Sam Altman, criador do ChatGPT
Mira Murati, diretora técnica da empresa, assumirá o cargo
publicidade
O conselho de administração da OpenAI, a empresa que lançou a plataforma de inteligência artificial (IA) ChatGPT há um ano, anunciou nesta sexta-feira (17) que demitiu seu diretor executivo, Sam Altman. O motivo da decisão seria por não confira mais em sua capacidade de liderar a empresa.
A surpreendente saída de Altman ocorre após uma "revisão deliberativa do conselho [de administração], que concluiu que nem sempre ele foi sincero em sua comunicação com o conselho, o que dificultou sua capacidade de cumprir suas responsabilidades", informou a empresa em um comunicado.
"O conselho não confia mais em sua capacidade de continuar liderando a OpenAI", continuou. "Acreditamos que um novo comando é necessário".
"A OpenAI foi estruturada intencionalmente para avançar em nossa missão: garantir que a inteligência artificial beneficie toda a humanidade", conclui o comunicado.
Altman, de 38 anos, reagiu ao anúncio na rede social X, antigo Twitter: "Adorei o tempo que passei na OpenAI", afirmou. "Foi transformador para mim pessoalmente e espero que também um pouco para o mundo".
Ele será substituído interinamente por Mira Murati, diretora técnica da OpenAI.
Como parte da reorganização, o presidente do conselho de administração, Greg Brockman, cofundador da empresa, deixará o cargo, mas permanecerá na equipe.
Fundada no final de 2015, a OpenAI sempre teve o apoio financeiro de empresários importantes, como o cofundador do LinkedIn, Reid Hoffman, o investidor Peter Thiel e o bilionário Elon Musk.
A empresa é financiada pela Microsoft, que investiu bilhões de dólares e incorporou a tecnologia em seus próprios produtos, como o mecanismo de busca Bing.
O analista da Wedbush, Dan Ives, afirmou na rede X que a demissão de Altman "é uma surpresa" e fará com que a Microsoft tenha "mais controle" sobre a empresa.
Altman "foi crucial para orientar a plataforma até onde está", mas sua saída do cargo de diretor executivo não a coloca em perigo, avaliou. "Há um ano teria sido diferente".
