Pentágono cooperará com Congresso no processo de impeachment de Trump

Pentágono cooperará com Congresso no processo de impeachment de Trump

Presidente americano é acusado ter bloqueado um contrato de armamento para pressionar a Ucrânia com objetivos eleitorais

AFP

Segundo Hoffman, Esper não participou da conversa por telefone entre Trump e presidente ucraniano

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O Pentágono anunciou nesta quinta-feira que vai cooperar com o Congresso na investigação para o impeachment do presidente Donald Trump, acusado de ter bloqueado um contrato de armamento para pressionar a Ucrânia com objetivos eleitorais. "Hoje, o conselheiro jurídico (...) ordenou a todos os órgãos do departamento de Defesa que enviem todos os documentos e arquivos correspondentes, com a finalidade de que sejam arquivados e revistos", declarou Jonathan Hoffman, porta-voz do Pentágono.

Esta decisão foi adotada a título preventivo e não devido à pressão dos legisladores democratas que conduzem a investigação sobre Trump, destacou o porta-voz. "Entendo que se trata de uma prática relativamente corrente quando existe um forte interesse do Congresso ou do procurador-geral sobre o tema: o departamento adota medidas preventivas para garantir que os dados estejam disponíveis. Para mim, trata-se de uma medida relativamente de rotina e preventiva".

Hoffman assinalou que o secretário de Defesa, Mark Esper, não participou da conversa por telefone no dia 25 de julho entre Trump e o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, na qual o líder americano pede um "serviço" quando o ucraniano lhe comunica a intenção de comprar mísseis antitanque Javelin. "O secretário tem uma agenda muito pesada. Não passa os seus dias escutando telefonemas".

O departamento de Estado informou oficialmente ao Congresso nesta quinta-feira que o governo pretende vender 150 mísseis Javelin, por 39,2 milhões de dólares, segundo a Agência de Cooperação e Segurança para Defensa (DSCA). "A venda proposta contribuirá com a política externa e de segurança nacional dos Estados Unidos ao melhorar a segurança da Ucrânia", justificou a DSCA.


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