Quem é Sam Altman, o empreendedor de sucesso demitido da OpenAI

Quem é Sam Altman, o empreendedor de sucesso demitido da OpenAI

Notícia de demissão pegou o setor tecnológico de surpresa

AFP

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Sam Altman, o homem por trás da OpenAI, a empresa que lançou a plataforma de Inteligência Artificial (IA) generativa ChatGPT, tornou-se uma figura de destaque no Vale do Silício em um piscar de olhos, antes de ser destituído de seu cargo de CEO na sexta-feira (17).

A notícia de demissão pegou o setor tecnológico de surpresa, já que Altman havia sido reconhecido como um pioneiro e uma das figuras mais proeminentes da IA.

Em uma publicação na rede X (antigo Twitter), o empreendedor de 38 anos afirmou que sua passagem pela OpenAI havia sido transformadora a nível pessoal e também "para o mundo".

Ao lado do bilionário Elon Musk e outros, Altman fundou a OpenAI em 2015 para ser uma empresa de pesquisa com o objetivo de desenvolver tecnologia de IA generativa para beneficiar a humanidade.

"O progresso tecnológico que faremos nos próximos 100 anos será muito maior do que qualquer coisa que fizemos desde que controlamos o fogo e inventamos a roda", escreveu em 2021.

Guru das startups

Criado em um subúrbio de St. Louis, Altman ganhou seu primeiro computador aos oito anos. O acesso a uma comunidade online o ajudou a lidar com a sua homossexualidade em uma região conservadora do país, reconheceu ele à revista Esquire.

Como outras figuras do setor de tecnologia, abandonou a Universidade de Stanford para fundar uma empresa, a Loopt, que permitia que usuários de smartphones compartilhassem suas localizações.

A empresa foi vendida em 2012 por US$ 43,4 milhões (R$ 84,8 milhões na cotação da época), operação que abriu as portas para o Vale do Silício.

Após um ano sabático em que leu dezenas de livros sobre engenharia nuclear, biologia sintética, investimentos e inteligência artificial, em 2014 tornou-se presidente da Y Combinator, uma "incubadora" que oferece orientação e financiamento a startups em troca de uma porcentagem das empresas.

Rapidamente expandiu a estratégia de investimento da companhia para áreas como biotecnologia, energia e outros setores. Mas deixou a Y Combinator para se concentrar na IA, apesar dos riscos temidos.

"Ele é um pensador muito profundo que está incrivelmente focado em fazer as coisas bem", disse Jeremy Goldman, diretor sênior de marketing e comércio da Insider Intelligence.

O "futuro não é complicado"

Altman afirma que a combinação de inteligência artificial, robótica e energia pode permitir que as máquinas façam todo o trabalho e forneçam uma "renda básica" aos adultos de toda a sociedade.

"Um grande futuro não é complicado: precisamos de tecnologia para criar mais riqueza e de políticas para distribuí-la de forma justa. Tudo o que for necessário será barato e todos terão dinheiro suficiente para poder pagar", escreveu ele em um blog.

O guru da tecnologia agora investe em startups que trabalham na energia de fusão e na extensão da vida humana. "Estou muito otimista", disse ele em um podcast com Chris Anderson.

Horas antes de ser demitido, ele declarou à AFP, à margem do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que aconteceu em San Francisco, que nem sempre se pode prever o futuro. "O perigoso... são todas as novidades, as incógnitas conhecidas, as incógnitas desconhecidas que vão surgir", disse.


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