Regulador britânico obriga Meta a vender Giphy

Regulador britânico obriga Meta a vender Giphy

Aquisição foi feita em maio de 2020 por US$ 315 milhões

AFP

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O gigante americano das redes sociais Meta, empresa matriz do Facebook, terá de vender sua filial de ilustração animada Giphy, após a decisão do regulador de concorrência do Reino Unido e um recurso fracassado.

"A única maneira de evitar um impacto significativo" da aquisição da Giphy, por parte da Meta, na concorrência é "vender a companhia diretamente", anunciou o órgão de controle britânico, a CMA, em um comunicado divulgado nesta terça-feira (18).

Para a Meta, essa compra foi uma maneira de integrar a enorme biblioteca de imagens animadas do Giphy, ou "gifs", ao Instagram, seu aplicativo de compartilhamento de fotos e vídeos.

Na opinião da CMA, porém, esta fusão "reduziria substancialmente a concorrência em dois mercados e já levou à eliminação de um potencial concorrente no mercado de publicidade on-line do Reino Unido".

Em novembro passado, o órgão considerou que a aquisição, feita em maio de 2020 por US$ 315 milhões, poderia prejudicar tanto anunciantes quanto usuários on-line e ordenou sua venda. O gigante americano recorreu da decisão e, na terça-feira, reagiu ao novo anúncio, declarando-se "decepcionado com a decisão da CMA".

"No entanto, aceitamos sua decisão final sobre o assunto", afirmou a Meta, em um comunicado. "Trabalharemos em estreita colaboração com a CMA na venda do Giphy", acrescentou.

"Continuaremos avaliando oportunidades - inclusive por meio de aquisições - para trazer inovação e opções para mais pessoas no Reino Unido e em todo mundo", concluiu o gigante das redes sociais.

Na audiência de apelação de abril, os advogados da Meta argumentaram que a empresa americana não havia recebido nenhuma oferta firme para a compra da Giphy. Isso, segundo eles, demonstrava que suas perspectivas de crescimento no mercado publicitário do Reino Unido não eram necessariamente tão importantes como defendido pela CMA.


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